sábado, 30 de junho de 2007

Reflexões de um sábado à noite...

Hoje, sábado à noite, tenho, por companhia, café, Jack Daniel's, cigarrilhas, música e o meu cãozinho deitado ao meu lado... pensando na vida, nos seus momentos bons, nos seus momentos maus... nas relações entre as pessoas, como são complicadas por vezes...
Recordo inícios de relações...promessas, juras...amor eterno, compromissos, acordos, "nunca vamos ser iguais aos outros"... e, algum tempo passado, o lugar comum... será que tem a ver com a condição humana? sempre insatisfeita? querendo algo mais? lutando continuamente contra a monogamia física da sociedade ocidental? revoltas? querer e não querer? desentendimentos? ciúmes com nexo? ciúmes sem nexo? não sei... não estamos sózinhos no mundo... estamos sim sujeitos ao cruzar de olhares, perdidos, suas consequências e fantasias... fraquezas? também... mentiras ou omissões associadas ? sim, igualmente...

E perante tal amálgama, o que deverá mais importante? enfrentar e combater um orgulho ferido que pode conduzir ao fim de uma relação ímpar e em que serão outros a beneficiarem das lições entretanto aprendidas ? tentar recuperar, numa luta interior tantas vezes inglória, uma quebra de confiança perdida ?  será que, perante uma desilusão confrontada e generalizada, o encanto se desvanece, e aí, por não se poder comandar o coração, simplesmente tudo acabou ? ou então, e em nome de uma algo tão misterioso como o Amor, tudo se vence e faz-se, simplesmente, um reload ?
A Vida tem, com toda a certeza, caminhos misteriosos...

Não comer do mesmo prato...

«Mas o que é que te aconteceu?» - «Não sei», disse ele hesitante, «talvez as harpias tenham voado sobre a minha mesa.»
Acontece hoje, de vez em quando, um homem pacato, comedido, reservado, tornar-se, de repente, furioso, partir pratos, virar a mesa, gritar, berrar, ofender todo o mundo e, por fim, afastar-se envergonhado, furioso consigo próprio. Para onde? Para quê? Para morrer de fome? Para sufocar nas suas recordações? Quem tiver os apetites de uma alma elevada e requintada, e só raras vezes encontrar a sua mesa posta e a comida pronta, correrá, em qualquer altura, grande perigo; mas hoje, ele é extraordinário. Lançado numa época barulhenta e plebeia, com a qual não quer comer do mesmo prato, facilmente pode perecer de fome e sede ou se, finalmente, apesar de tudo, «se servir» - morrer de um nojo repentino.
Nós todos, verosimilmente, já comemos em mesas onde não tínhamos lugar; e precisamente os mais espirituais de entre nós, que são os mais difíceis de alimentar, conhecem aquela perigosa «dispepsia» que resulta de repentinamente nos apercebermos e ficarmos desiludidos com a comida e com a companhia à mesa - o nojo do «após-mesa».
Friederich Nietzsche

terça-feira, 26 de junho de 2007

Swinging... divagações...

Ontem lia um post da Luna a propósito deste tema já tão debatido que é o Swing e achei que o comentário que tinha vontade de deixar seria de tal forma extenso que deixaria de merecer esse nome; assim, optei por fazer um "pequeno" post sobre este tão e sempre quente assunto...

Recordei alguns anos atrás em que o local de encontro dos swingers era ainda e apenas o Memorial (foi nessa altura que apareceu depois o primeiro clube, o Erotikus) assim como a atenção que dediquei a estas divagações ao ponto de ter feito, juntamente com um amigo e tendo como base artigos variados em outros sites, uma série de FAQ's que foram incluídas num site que então fizemos, como suporte para algo mais... foram tempos bem "giros", bem vividos, animados e que tanto me revelou da condição humana... as suas fraquezas, as suas inseguranças, os seus ciúmes, a sua coragem tantas vezes postas à prova... mas também me deu o privilégio de conhecer pessoas fantásticas de quem hoje ainda sou amigo, verdadeiros liberais...

Como dizia a Luna e bem, para se ter sucesso nesta forma de estar, é condição fundamental que um casal - seja ele de que tipo fôr - tenha uma relação bem sólida e se aceite a individualidade de cada um, não como propriedade sua mas como pessoa que ali está, ao nosso lado, com o seu "eu" bem definido, bem independente, embora juntos numa cumplicidade e partilha a toda a prova.
Uma coisa digo eu: o verdadeiro swinging, na minha opinião, o que pode resultar a longo prazo, nada tem a ver com o "toma lá dá cá" mas sim com o prazer de proporcionar prazer ao/à parceiro/a....

Muito mais poderia dizer mas, por um lado, não me quero alongar muito mais e, por outro, as FAQ's respondem a bastantes questões...

Ah! uma coisa mais... os trios, seja eles masculinos (HMH) ou femininos(MHM) sempre foram infinitamente mais fáceis de gerir do que a quatro, por razões óbvias... embora, como em tudo na vida, cada coisa com o seu encanto...



E aqui vão as tais FAQ's...

P: O que é ser swinger? O que é o swinging?
R:
O termo swing, em inglês, significa baloiçar ou variar entre duas coisas.
Nesta acepção, swinger é todo aquele que tem relações sexuais fora do casamento, mas com o conhecimento, concordância, colaboração e muitas vezes ajuda do seu cônjuge. É a chamada pimenta do casamento que vem animar a monotomia e rotina de uma relação.
O swinging é uma filosofia de vida para todos aqueles que, tendo conseguido controlar o ciúme, compreendem que o seu cônjuge não lhes pertence e, assim, não têm o direito de os autorizar ou proibir. Sabem que o ser humano não é monogâmico e essa fidelidade antinatural tem apenas sido imposta pela religião ou sociedade ocidentais. Aceitam, por isso, que um dos direitos do seu parceiro é divertir-se com terceiros, desde que numa base de grande verdade, sinceridade, amizade e cumplicidade dentro do casal.
Nunca se esqueça que o swinging diz respeito apenas a sexo (hetero, homo ou bi), e não inclui ou admite envolvimento sentimental de nenhum tipo.
De notar que, dentro do casal, o reconhecimento da liberdade do outro cônjuge é uma genuína dádiva de amor, e não um negócio nem uma “compensação” pela libertinagem de um dos parceiros ou sequer a moeda de troca que um cônjuge utiliza para atingir os seus objectivos egoístas e pessoais. Note, ainda, que não terá, por isso, que haver uma directa e imediata relação entre o número de vezes que cada um dos cônjuges swinga ou swingou. Não se trata de uma competição (ver quem swinga mais) ou negociação (trocar a autorização de swinging por outra qualquer vantagem) e o objectivo não é sequer empatar no número de actividades swinger de cada um.

P: Só os membros de um casal podem ser swingers?

R: Por definição, sim, já que é necessário o conhecimento e concordância do outro cônjuge, o que não pode acontecer com pessoas sós e solteiras. Mas, para um casal, a prática swinging não se restringe apenas a outro casal. Na realidade existem casais swingers com vários “formatos”:
• os que praticam swinging a dois (e não necessariamente ao mesmo tempo) com um dos membros do outro casal ou com um individual;
• os que praticam swinging a três (formando trios com qualquer dos sexos) com um dos membros do outro casal ou com um individual;
• os que praticam swinging a quatro (ligando-se apenas com outro casal swinging) em que todos os membros estão sempre juntos ou não;
• os que praticam swinging com mais de um casal em simultâneo (em várias combinações possíveis).

P: Qualquer casal pode ser swinger?

R: Não. Nem pensar. Apenas os casais felizes e com uma sólida e estável relação conjugal se podem aventurar nesta filosofia. É necessária uma grande confiança e espírito altruísta entre os membros do casal, e uma forte relação de amor que dê a cada parceiro uma grande felicidade em dar ao outro parceiro a liberdade de ter prazer. A experiência tem demonstrado que os casais felizes aumentam a solidez, a confiança, a intimidade, a cumplicidade e a felicidade do seu casamento, enquanto que os casais que têm problemas... aumentam os seus problemas com o swinging. Por isso tenha cuidado. Pense sempre nos programas de televisão em que os profissionais que fazem coisas perigosas avisam os espectadores para não repetirem aquela proeza em casa.

P: Quais são os riscos mais frequentes?

R: Como foi dito atrás, os riscos do swinging são inversamente proporcionais à felicidade já existente no casal: quanto mais feliz for um casal, menos riscos corre com o swinging.
Mas um dos riscos que a experiência tem demonstrado ser mais comum é o incontrolo do ciúme. São conhecidos casos em que tudo parece acertado entre o casal antes da prática swinger e depois, em face da realidade, um dos cônjuges demonstra incontroláveis ciúmes que muitas vezes não consegue esconder dos parceiros de swinging, o que provoca situações muitas vezes embaraçosas e desagradáveis.
Outro dos desagradáveis problemas pode surgir quando um dos membros (normalmente o marido) não aceita, afinal, o prazer do seu cônjuge. Não compreendendo que a novidade traz uma natural excitação e entusiasmo, um dos cônjuges não aceita que o outro goze mais do que lhe é hábito. Tudo está bem enquanto o parceiro se comporta apenas como costuma comportar-se em casa... e tudo corre mal quando um considera que o outro se divertiu “demais”.

P: Eu concordo com a lógica swinger, mas como convencer a minha mulher (ou o meu marido)?

R: Esta é uma das perguntas mais comuns.
Na verdade pode tentar convencer a sua mulher, mas nunca a force ou obrigue. Lembre-se de que a filosofia swinger não tem que agradar a todas as pessoas e, por isso, não deixe de contar com a hipótese de a sua mulher (ou o seu marido) ser uma das pessoas que não deve enveredar por este caminho. Mas se acha, sinceramente, que a sua parceira se adaptará bem a este comportamento, eis alguns conselhos:
• assegure à sua parceira que ela é livre de fazer a escolha, e que o seu amor por ela não se alterará em função da decisão tomada;
• não tenha pressa. Deixe-a evoluir calmamente até ela aceitar a ideia, sentindo que não foi pressionada;
• não provoque situações embaraçosas em que ela se sinta culpada por ainda não ser swinger, ou fique desagradada com a sua insistência ou a situação criada.

P: Como posso abordar o assunto?
R:
A melhor solução para qualquer problema de um casamento é a comunicação! Se está a pensar na actividade swinger, deve haver uma óptima comunicação no casal.
Comece por falar nas vossas fantasias e desenvolva os sonhos de cada um. Ao mesmo tempo visitem, juntos, sites de swingers. Frequentem canais de IRC (como o #Swingers_Portugal) onde se discutem estes tipos de temas e onde poderão trocar impressões com outros casais que já partilham desta filosofia. Deixe que um swinger experiente fale com o seu marido ou uma swinger experiente fale com a sua mulher. Resumindo, informem-se e tomem conhecimento de que há outros casais que funcionam assim... e funcionam muitíssimo bem e são muitíssimo felizes.

P: Como encontrar outros casais?
R: Não é fácil que as pessoas que formam minorias se identifiquem com segurança. A sociedade tende a criticá-las e a rejeitar a sua conduta pelo que nem sempre assumem publicamente as suas opções sexuais. Mas há alguns métodos: responda a anúncios on-line; frequente canais swingers no IRC; vá a clubes de swingers (como não há em Portugal terá que ser no estrangeiro); frequente alguns bares e boites de Lisboa e Porto onde os casais swingers costumam encontrar-se.
Comece a interessar-se e a procurar e vai ver que encontra o caminho certo.
Em qualquer dos casos, assuma todas as seguranças antes de revelar uma faceta íntima do seu casamento e antes de perceber se o outro casal é realmente swinger. Como em todas as coisas da vida, avance com cautela.

P: Se formos a uma discoteca ou festa com outros casais, o que devemos vestir e o que devemos esperar?
R: Vistam-se conforme a festa e local, mas normalmente o traje é descontraído e agradável. Lembrem-se de que devem causar uma boa impressão aos outros presentes.
O que devem esperar depende sempre do tipo de evento mas, seja qual for, estejam descontraídos. Ninguém os obrigará a nada pois se essa é a primeira regra do swinging também é, antes disso, uma regra fundamental da boa educação. Deixem-se ir um pouco ao sabor do vento e dos acontecimentos, e procurem divertir-se. Afinal foi para isso que foram, não é?
Quando as coisas não estiverem a passar-se de uma forma que vos agrade, saiam. O swinging não é suposto ser desagradável, e o que se passou “nessa” festa ou “nessa” discoteca pode não reproduzir correctamente a actividade swinger.

P: Que tipo de pessoas são os swinger?
R: Os swinger são pessoas absolutamente normais, podendo pertencer a todos os estratos sociais, culturais, económicos e etários. De um modo geral são pessoas que gostam de sair, são pouco conservadoras e por vezes exuberantes. Normalmente gostam muito de viver a vida, e tendem a não ser religiosas. Em termos físicos, encontrará swingers de todos os tipos: altos ou baixos, magros ou menos magros, novos ou menos novos. Não há, pois, nenhuma forma de identificar um swinger pelo seu aspecto exterior.

P: O que devemos dizer quando respondermos ou colocarmos um anúncio?
R: A verdade. Sejam honestos na vossa descrição e o mais exactos e específicos possível naquilo que pretendem encontrar. Expliquem muito bem em que estado se encontram e quais são os limites do vosso imaginário; o que acham que é admissível, desejável ou ideal, e aquilo em que não estão interessados de forma alguma. O envio de fotos costuma aumentar a probabilidade de resposta, mas representa também um maior risco de perda de privacidade. Por isso, e até sentirem ou terem a certeza de que do outro lado estão pessoas civilizadas e em quem possam confiar, não enviem fotos de nus ou hardcore. Para uma primeira abordagem as fotos normais ou com sensualidade são mais do que suficientes para que possam fazer uma primeira triagem.


P: Onde nos devemos encontrar a primeira vez?
R: A melhor sugestão é um local neutro, isto é, um local público, restaurante ou bar. Sejam pontuais e certifiquem-se de que forneceram os elementos necessários para que as outras pessoas vos identifiquem imediatamente, bem como vocês a eles.
Combine previamente alguns sinais com o seu parceiro/a para que, em qualquer altura, possam dizer “sim”, “não”, “talvez” ou “vamos embora”.

P: Como se dá o primeiro passo?
R: Porque o primeiro passo é sempre um embaraço para toda a gente (mesmo para os que são mais experientes), a nossa sugestão é de que não sejam acanhados nem dúbios. A melhor forma será perguntarem, combinarem e conversarem abertamente com o outro casal. Deixem claros os vossos desejos e limitações e oiçam os desejos e limitações do outro casal. Deixem claro o vosso estado mental e certifiquem-se do estado mental dos outros. Não se esqueçam de que pode ser muito desagradável encontrar uns parceiros que descobrem, de repente, não estar preparados para aquilo em que se meteram. E como isso pode acontecer de surpresa, mesmo depois de terem esclarecido tudo... não deixem de assumir todas as cautelas antes.
Não tenham nenhuma pressa, pois a pressa é inimiga da segurança.
Finalmente, lembrem-se de que NÃO quer dizer NÃO (em qualquer altura) e de que tudo deverá passar-se numa atmosfera de charme, simpatia, requinte e boa educação.

P: Tenho mais dificuldades em ser aceite por ser um homem sozinho?
R: Sim, claro, na medida em que surge como uma pessoa que parece não ter nada a perder com a situação.
Além disso, os solitários (homens ou mulheres sós) normalmente estão mais preocupados em obter do que em dar prazer, e tendem a ser egocentristas, apressados, intrometidos, pegajosos, pinga-amor e mesmo apaixonados! Para terminar, há uma certa tendência para considerar os solitários como uma classe de maior risco em termos de saúde.
Mas em questões de comportamento humano não há regras fixas, e tudo o que dissemos atrás pode não se aplicar ao seu caso ou ao solitário que acaba de conhecer.

P: O sexo seguro é obrigatório entre os swingers?
R: Para muitos casais, o sexo seguro é um ponto de honra, mas para outros, não. Trata-se de uma decisão pessoal e como tal deve ser respeitada.
Na verdade o risco existe e, por isso, faça como se sentir melhor. Nunca permita que sejam outros a dizer-lhe que não deve usar qualquer tipo de protecção, se essa não for a sua vontade.

P: O que é “soft swinging” e “hard swinging”?
R: Hard swinging pressupõe a existência de relações sexuais. Soft swinging pode ser duas coisas: o conjunto de todo o resto de intimidades desde que não exista relação sexual; ou, uma situação de relações sexuais entre dois casais, lado a lado, mas em que não haja troca de parceiros.

P: O que é um “hardcore swinger”?
R:
Considera-se “hardcore swinger” o casal cujo único interesse seja sexo e de preferência, muito. Não lhes interessa o convívio social ou qualquer outro tipo de entendimento com outros swinger. Normalmente as suas vidas desenrolam-se em exclusivo em torno do sexo.

P: O que é um “falso swinger”?
R: Considera-se “falso swinger” aquele que tudo faz para se envolver nas actividades swinger mas que não tem uma parceira que o acompanhe. Por essa razão, costuma mentir sobre a sua parceira e, quando há um encontro marcado, apresenta sempre uma desculpa para a parceira não comparecer.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

7 blogs maravilha envoltos no mar da minha subjectividade...


Pois é, meus queridos cúmplices e amigos da blogosfera... aqui estou eu, com um sorriso nos lábios, vendo-me envolvido numa iniciativa pela qual sinto carinho mas bem difícil de a concretizar.
Quando confrontado com as nomeações que me foram feitas - com grande surpresa minha pois o meu blog até é bastante recente - fiquei com a ideia de que nomear 7 blogs da minha preferência seria fácil mas, depois de pensar um pouco, concluí que é uma tarefa herculeana; queria incluir tantos, tantos, tantos... e 7 acaba por ser tão pouco...
Me desculpem os blogs não mencionados mas, como em quase todos os concursos, a subjectividade impera...


Regulamento das 7 Maravilhas da Blogoesfera by 100 sentidos
1. Podem participar na votação todos os bloggers que mantenham blogues activos há mais de um mês [os outros esperem por outra ideia brilhante que alguém irá ter].
2. Cada blogger deverá referenciar sete nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto.
3. Cada blogger só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog [da forma que melhor lhe aprouver], enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: 7.maravilhas.blogoesfera@gmail.com. No e-mail, para além da escolha, deverão indicar o link para o post onde efectuaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia: 01/07/2007.
4. De forma a reduzir alguns constrangimentos [e desplantes], e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:
- Os votos dos blogger(s) em si próprio(s) ou no(s) blogue(s) em que participa(m);
- Os votos no blog O Sentido das Coisas.
No dia 7.7.2007 serão anunciados os vencedores e disponibilizadas todas as votações.

E aqui vão as nomeações, random order...

1. foi em novembro que partiste by Abssinto
Por último, um agradecimento ao zabaducadeu e anani, pelas suas lembranças para esta nomeação (embora desconheça se existem outras) e também um igual agradecimento aos outros blogs pelos desafios que me foram feitos sobre outros temas mas que, por razões diversas que então referi, de blog para blog, não participei; espero, neste caso, não ter sido levado a mal.
As nomeações já foram enviadas para o mail correspondente.

sábado, 23 de junho de 2007

A Lotaria

Havia um rabino muito pobre que regularmente pedia a Deus que o fizesse ganhar a lotaria mas nunca ganhou e acabou por se sentir vítima de uma injustiça:


- Meu Deus! Eu não te compreendo. Sou um servo fiel, adoro-Te todos os dias, passo o meu tempo a estudar os Teus livros, sou pobre como Job e nunca ganhei! Que se passa? Que devo fazer mais?


O rabino escuta uma voz de trovão que se abate sobre ele vindo do tecto da sinagoga:


- Ó Samuel! Compra primeiro um bilhete da lotaria!



(Humor judaico contemporâneo)



quinta-feira, 21 de junho de 2007

Portugal também tem coisas boas mas não resisto a uma marotice...




O nosso amigo Francisco del Mundo, no seu post de ontem, dizia que, por ter já criticado o nosso país anteriormente, era agora altura de relevar algumas das suas partes boas ou mesmo - e agora digo eu - contar um pouco da sua história, o que acho perfeitamente justo; este exercício poderia ser através de 3 elementos, sejam eles música, imagem, frase, por exemplo. Ah! E de tal forma representativo ao ponto de dar uma ideia de Portugal a alguém que o desconhecesse...
Então, aqui vai a minha sugestão...:)


1. Mariza, num fado lindo... ligação do Portugal moderno com a nossa história...






2. E porque não uma breve mas compreensiva história no nosso país até aos dias de hoje?





3. Obrigatório...
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;




4. Uma informação adicional, que não deixa de ser útil...
A partir de um index recentemente criado, em termos de segurança, Portugal está em nono lugar dos países mais seguros num conjunto de 121 (fonte:Time - fazer duplo clique em cima da foto para melhor visualização).


E agora a marotice...


Lia no Sol, último fim-de-semana, uma muito pequena notícia relembrando a data de 12 Junho 1947, que assinalava a presença do nosso então ministro dos Negócios Estrangeiros, Caeiro Dias, na Conferência de Cooperação Económica Europeia realizada em Paris, a propósito de uma reunião dos países afectados pela segunda guerra mundial e candidatos à sua inclusão no recém criado Plano Marshall.


Dizia o brilhante ministro: «As felizes condições internas de Portugal permitem-me declarar que o meu País não precisa de ajuda financeira externa.»
Claro que, pertante tal afirmação bombástica, ficámos de fora deste plano, orgulhosamente sós.
Curioso é que, um ano e pouco depois, em 27 Setembro 1948, o agravamento da situação financeira e cambial portuguesa levaram o governo português a anunciar a intenção de Portugal em se candidatar a este plano, o que veio a ser formalizado quase dois meses depois, em 24 Novembro.
Nem vale dizer que, nesta altura, e também pela neutralidade que assumimos durante a guerra, apenas ficámos com algumas migalhas.


Ao ler tudo isto lembrei-me, de imediato, no nosso "querido" ministro Mário Lino, a propósito do Aeroporto da Ota; uma dia diz que não tem volta atrás com a veemência que lhe conhecemos - para não falar em outras saídas brilhantes que tem tido - para logo de seguida, dar o dito por não dito...


Se tudo isto não fosse triste, todas estas mentiras a que os políticos, em regra, nos têm vindo a sujeitar, sorrir-me ia...
Bom....também, verdade seja dita, todos nós temos uma certa tendência para dizermos ou tomarmos posições segundo as nossas conveniências, só que uma coisa é quem está no Governo, gerindo o dinheiro dos nossos impostos, e outra somos nós, em que, cada um dos nossos actos, é da nossa única e inteira responsabilidade. Digo eu !


E, como diz o Alexandre... entretanto vamos dançando o flamengo...

Um excelente fim-de-semana que a todos desejo...

Notinha: Para os interessados, não esqueçam que este fds é o Salão Erótico de Lisboa

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Bono - Message to the World



A Condição Humana continua e continuará sempre a ser um mistério... com tanto de bom como de mau...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O Explicadeiro...

Hoje relia um livro a que recorro ocasionalmente sobre contos filosóficos do mundo inteiro - Tertúlia de Mentirosos, de Jean-Claude Carrière - e que sempre o achei delicioso principalmente porque, através de histórias e bastantes vezes, bem dispostas, descreve lições de vida para reflexão.

Neste caso, os meus olhos recaíram sobre duas histórias que me fizeram sorrir por me então recordar de algo que amigos mais chegados e não só normalmente me apelidam: O Explicadeiro !

E isto porquê ? Sempre tive o hábito de, colocando ou respondendo a perguntas, elas serem feitas de uma forma muito explícita e detalhada, por vezes e admito, roçando o exagero. Ao longo da vida, aprendi que a comunicação entre as pessoas pode ser muito complicada ao ponto de o que uma diz não ser idêntico ao que a outra ouve e, daí, as inúmeras confusões e suas consequências que sabemos.

Sempre procurei evitar, e na vida profissional inclusivé, que situações destas acontecessem comigo, tipo algo combinado ou explicado ou ainda apenas conversado, e depois, "when the time comes", sair tudo ao contrário, acompanhado de comentários tipo "Ahhhhhhh!!! mas eu não percebi isso" ou então "Ahhhhhhh!!! mas isso não foi o que disseste!!!" ou ainda "Podias ter explicado melhor!!! E agora, o que fazemos?", sendo que neste último caso, a pergunta deixada no ar vem acompanhada de uma expressão e entoação que denotam algum sentimento de acusatório.

"The devil lives in the details"... nunca me esqueço desta frase que uma vez li algures e que tenho comprovado a sua veracidade ao longo do tempo... assim sendo, muito raramente sou confrontado com qualquer tipo de confusões ou mal entendidos e as explicações que dou, de acordo com os conhecimentos que possa ter, julgo conseguir fazer-me compreender (modéstia à parte, claro!).

Então, voltando aos contos que me fizeram relembrar tudo isto, transcrevi-os para aqui pois merecem serem lidos... não são muito longos e são daqueles que, pelo menos assim o penso, tão cedo não serão esquecidos pela graça que têm...

Enjoy...:)



Assim como Confúcio recomendava que, antes de qualquer acção, devemos pôr-nos de acordo quanto ao sentido preciso das palavras, assim todos sabemos que a pergunta correcta é a condição necessária para uma resposta aceitável. No caso da tradição zen, a pergunta, se for bem feita, se implica num instante todas as faculdades do espírito e do coração, nem sequer precisa de uma boa resposta. Já desempenhou o seu papel. Por exemplo, a famosa pergunta do arqueiro: "o que é o que em mim visa?" ou ainda, entre as clássicas: "Duas mãos que batem uma na outra produzem um barulho. Qual o barulho de uma só mão?"

"Que diferença há entre um corvo?", perguntava Coluche que se situava, talvez sem o saber, nesta mesma tradição. Ou ainda: "Que idade tem Rimbaud?"

A história seguinte, que deve ser dita ou lida lentamente, conta-se hoje no País Basco espanhol. Há quem a considere uma das melhores histórias do mundo.





A vaca preta e a vaca branca


Um camponês tranquilo e taciturno guardava duas vacas que pastavam num prado e não fazia mais nada.

Outro camponês, que passou por ali, sentou-se num murete na orla do prado, ficou um momento calado (nesta região, as conversas são lentas e reflectidas) e por fim perguntou:

- Comem bem, as vacas?
- Qual? - disse o outro.

O camponês de passagem, um tanto desconcertado por esta pergunta, disse então, mais ou menos ao acaso:

- A branca.
- A branca, come - disse o primeiro.
- E a preta ?
- A preta também.

Após este primeiro diálogo, os dois homens ficaram bastante tempo sem falar, olhos postos na paisagem familiar, as montanhas, a aldeia.
Depois, o segundo camponês perguntou:

- Dão muito leite?
- Qual? - disse logo o outro.
- A branca, dá.
- E a preta ?
- A preta também.

Seguiu-se outro silêncio que durou tanto tempo como os anteriores. Enquanto durou este silêncio, os dois homens não olharam um para o outro. Só se ouvia o ruído pacífico das duas vacas comendo erva. O segundo camponês abandonou finalmente o silêncio e disse:

- Mas porque me perguntas sempre «qual»?
- Porque - respondeu o primeiro - a branca é minha.
- Ah - disse o outro.

Reflectiu mais um pouco e perguntou, para terminar, não sem uma secreta apreensão:

- E a preta?
- A preta também.

O papel de parede

A história seguinte, que se refere também à maneira de fazer as perguntas - mas que, naturalmente, vai muito além disso - é contemporânea, talvez francesa.

Um homem que vivia sozinho instalou-se num apartamento acabado de construir. Tratava-se de um apartamento de duas assoalhadas, situado numa dessas torres que, no século XX, foram erigidas um pouco por toda a parte.
Este homem, de natureza cortês, decidiu apresentar-se aos seus novos vizinhos, que o receberam amavelmente. Tocou em último lugar à porta do apartamento situado por cima do seu. Veio um homem abrir; mandou-o entrar, pareceu encantado com aquela iniciativa e ofereceu ao visitante um cálice de um porto bastante bom. Também ele era um homem que vivia sozinho, num apartamento de duas assoalhadas exactamente igual, por causa das normas de construção, ao do novo locatário.
Durante a conversa, este último notou o papel de parede que revestia a casa do seu vizinho de cima.

- Agrada-lhe? - perguntou o vizinho.
- Agrada-me muito. É o papel de parede mais agrádavel, mais interessante que já vi.
- Se quiser, posso dizer-lhe onde o comprei.
- Gostaria.

O vizinho de cima deu o endereço da loja. Depois o novo locatário perguntou, ao ver que toda a casa estava revestida com o mesmo papel:

- E quantos rolos comprou?
- Comprei vinte e oito rolos - respondeu o vizinho de cima.
O novo locatário voltou a agradecer efusivamente e retirou-se. No dia seguinte foi à loja indicada, encontrou o mesmo papel de parede e mandou que lhe entregassem vinte e oito rolos.

Deitou-se imediatamente ao trabalho e revestiu por completo a sua casa, sem esquecer o mínimo recanto. Contudo, para sua grande surpresa, quando terminou o trabalho, verificou que lhe restavam dez rolos de papel de que não precisava para nada.
Subiu logo ao andar de cima, tocou, o vizinho veio abrir, mandou-o entrar sorrindo, sentar-se, ofereceu-lhe um cálice de porto.

- Desculpe incomodá-lo - disse o novo inquilino - mas estou um pouco intrigado. Fiz como me disse, comprei vinte e oito rolos de papel de parede, revesti todo o meu apartamento, que é exactamente igual ao seu, e sobraram-me dez rolos de papel !

- Pois, a mim também sobraram.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Juro que nunca vou esquecer...


São tantas as vezes que dizemos ou pensamos "Juro que nunca vou esquecer" sempre que somos confrontados com alguma doença grave de alguém que nos é próximo e em que a vida se acaba por extinguir prematuramente... ou com um acidente com consequências idênticas... e depois, o que acontece com estas nossas "juras", tão sentidas na altura, e que se vão desvanescendo à medida que novas recordações nos vão preenchendo este nosso espírito ? simplesmente, esquecemos e voltamos a deixar-nos envolver pelo dia-a-dia, tantas vezes brutal, exponenciando e sofrendo o que nada vale...


Vem isto a propósito das crónicas que tenho lido na Visão, da autoria de António Lobo Antunes, desde que foi internado no hospital, lutando contra a vida e, feliz e aparentemente, com sucesso; esta luta ainda não terminou mas tudo indica que, brevemente, voltará para sua casa com uma tranquilidade que a sua memória tem recordado com muita saudade. Por certo que não vai ser o António Lobo Antunes do passado que vai regressar mas sim um outro, mais amante da vida, mais sensível e mais humano à vertente social da civilização; vai ser um António Lobo Antunes que vai viver, com alegria e tristeza também, cada minuto da sua vida e melhor saber distinguir o importante do não importante; vai desvalorizar as mesquinhices que todos os dias voam sobre nós e dançar com o seu espírito, com a sua alma, sorrir ao ver o sol nascer e estremecer de felicidade por apenas sentir a sua respiração...


Eu não sou adivinho, não... mas as crónicas que tem escrito, cada palavra, cada frase, cada ideia, encontram-se carregadas de emoção e escritas de uma forma simples, em que se adivinha uma nova descoberta da vida. Gosto bastante de ler e confesso que sempre senti alguma dificuldade em acompanhar os seus livros; recordo o último em que avancei, com algum custo, sobre as páginas iniciais - Eu hei-de amar uma pedra - mas que não acabei. Neste caso, tem sido diferente...


Sinto-me obrigado a transcrever aqui a sua última crónica, da semana que passou, pois uma imagem vale por mil palavras e eu não não tenho a arte de desenhar uma imagem tendo como lápis apenas palavras; Lobo Antunes tem...


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Juro que não vou esquecer...

Nunca vou esquecer o olhar da rapariga que espera o tratamento de radioterapia. Sentada numa das cadeiras de plástico, o homem que a acompanha (o pai?) coloca-lhe uma almofada na nuca para ela encostar a cabeça à parede e assim fica, magra, imóvel, calada, com os olhos a gritarem o que ninguém ouve. O homem tira o lenço do bolso, passa-lho devagarinho na cara e os seus olhos gritam também: na sala onde tanta gente aguarda lá fora, algumas vindas de longe, de terras do Alentejo quase na fronteira, desembarcam pessoas de maca, um senhor idoso de fato
completo, botão do colarinho abotoado, sem gravata, a mesma nódoa sempre na manga (a nódoa grita) caminhando devagarinho para o balcão numa dignidade de príncipe. É pobre, vê-se que é pobre, não existe um único osso que não lhe fure a pele, entende-se o sofrimento nos traços impassíveis e não grita com os olhos porque não tem olhos já, tem no lugar deles a mesma pele esverdeada que os ossos furam, a mão esquelética consegue puxar da algibeira o cartãozinho onde lhe marcam as sessões. Mulheres com lenços a cobrirem a ausência de cabelo, outras de perucas patéticas que não ligam com as feições nem aderem ao crânio, lhes flutuam em torno. E a imensa solidão de todos eles. À entrada do corredor, no espaço entre duas portas, uma africana de óculos chora sem ruído, metendo os polegares por baixo das lentes a secar as pálpebras.
Chora sem ruído e sem um músculo que estremeça sequer, apagando-se a si mesma com o verniz estalado das unhas. Um sujeito de pé com um saco de plástico. Um outro a arrastar uma das pernas. A chuva incessante contra as janelas enormes. Plantas em vasos. Revistas que as pessoas não lêem. E eu, cheio de vergonha de ser eu, a pensar faltam-me duas sessões, eles morrem e eu fico vivo, graças a Deus sofri de uma coisa sem importância, estou aqui para um
tratamento preventivo, dizem-me que me curei, fico vivo, daqui a pouco tudo isto não passou de um pesadelo, uma irrealidade, fico vivo, dentro de mim estas pessoas a doerem-me tanto, fico vivo como, a rapariga de cabeça encostada à parede não vê ninguém, os outros (nós) somos transparentes para ela, toda no interior do seu tormento, o homem poisa-lhe os dedos e ela não sente os dedos, fico vivo de que maneira, como, mudei tanto nestes últimos meses, os meus companheiros dão-me vontade de ajoelhar, não os mereço da mesma forma que eles não merecem isto, que estúpido perguntar

- Porquê ?

que estúpido indignar-me, zango-me com Deus, comigo, com a vida que tive, como pude ser tão desatento, tão arrogante, tão parvo, como pude queixar-me, gostava de ter os joelhos enormes de modo que coubessem no meu colo em vez das cadeiras de plástico

(não são de plástico, outra coisa qualquer, mais confortável, que não tenho tempo agora de pensar no que é)

isto que escrevo sai de mim como um vómito, tão depressa que a esferográfica não acompanha, perco imensas palavras, frases inteiras, emoções que me fogem, isto que escrevo não chega aos calcanhares do senhor idoso de fato completo

(aos quadradinhos, já gasto, já bom para deitar fora)

botão de colarinho abotoado, sem gravata e no entanto a gravata está lá, a gravata está lá, o que interessa a nódoa da manga

(a nódoa grita)

o que interessa que caminhe devagar para o balcão mal podendo consigo, doem-me os dedos da força que faço para escrever, não existe um único osso que não lhe fure a pele, entende-se o sofrimento nos traços impassíveis e não grita com os olhos porque não tem olhos já, tem no lugar deles a mesma pele esverdeada que os ossos furam e me observa por instantes, diga

- António

senhor, por favor diga

- António

chamo-me António, não tem importância nenhuma mas chamo-me António e não posso fazer nada por si, não posso fazer nada por ninguém, chamo-me António e não lhe chego aos calcanhares, sou mais pobre que você, falta-me a sua força e coragem, pegue-me antes você ao colo e garanta-me que não morre, não pode morrer, no caso de você morrer eu

no caso de você e da rapariga da almofada morrerem vou ter vergonha de estar vivo.


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Não vamos esquecer... vamos viver... verdadeiramente... dando importância e preocupando-nos com o que realmente merece...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Dia Mundial do Ambiente - Money Talks...

Porque hoje é Dia do Ambiente, umas muito breves palavras...



O grande responsável pelo descalabro que hoje se verifica, em termos ambientais, é, como sabemos, o petróleo. Acompanhando a revolução industrial e motores de combustão interna - nossos carros, por exemplo - o primeiro barril de petróleo comercializado data de 1859, na Pensilvânea, USA, para uma produção actual de 83 milhões de barris diários, sendo que a distribuição da produção se encontra dispersa um pouco por todo o mundo, uns locais com mais relevância que noutros.

Em termos de poluição de CO2 (o principal e, como exemplo, os tais gases de escape dos automóveis), a sua distribuição alterou-se recentemente, sendo que a Ásia passou a ocupar o primeiro lugar, com relevância para a China (nada de inesperado):


E não os cavalos mas sim as árvores... também se abatem... Lembro-me da Amazônia, o até agora chamado pulmão da Terra, com uma superfície de sete milhões de quilómetros quadrados, um pouco maior que a superfície da Europa. O tal CO2, dióxido de carbono, que vai para a atmosfera e aí forma uma escudo que dá origem ao efeito estufa (e portanto, ao aquecimento global que temos vindo a sofrer na pele), era, até há pouco, significativamente neutralizado por todas aquelas árvores, através de um processo de nome fotossíntese, em que as folhas, os troncos e o solo capturam e aí armazenam este CO2. Hoje, essa capacidade tem vindo a ser drasticamente reduzida através da desflorestização por via do abate de árvores, em nome do progresso, e incêndios sem fim, criminosos ou não.



Porque apenas o dinheiro e o poder contam, ninguém está interessado em interromper esta sequência. Energias alternativas, essas, vão-se desenvolvendo, lentamente, num ambiente do "politicamente correcto". O tal grupo que comanda os destinos do mundo, G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e, agora, recentemente, Rússia) , manda ainda sim, só que, agora, perdeu parcialmente o controlo: China juntou-se à festa, pelas mãos do G8, e faz agora o que muito bem entende, por força do seu desenvolvimento e sede de poder, como aliás, todos os outros países o fazem ou tentam.


Todo o mundo está em conflito, nuns casos por dinheiro, noutros por rivalidades de etnias, religiões e zangas; nestes últimos, assumem uma importância secundária em face da ausência de dinheiros envolvidos: África tem sido disso um exemplo, em que se assistem a genocídios constantes, assim como outros países pobres em que vencem as ditaduras.



Nos casos em que o dinheiro fala mais alto,lembro-me, resumidamente de:
- Médio Oriente: Arábias, Iraque, Irão, Koweit e todos os outros países da zona andam preocupados pois sabem que as suas reservas de petróleo não vão durar muito mais; por isso, com os petro-dólares, vão comprando os USA e Europa, como a formiguinha que vai amealhando para o futuro;
- Irão, de maioria xiita, num mundo islâmico dominado pelos sunitas,e que se quer vingar da guerra perdida há anos contra o Iraque, agora tudo faz para dominar aquela zona do globo e pelos vistos, com sucesso; Os USA aceitaram agora sentarem-se à mesa de negociações com eles o que é um reconhecimento, por parte dos USA e portanto, Mundo, do domínio de um Irão que diz a todos "se os USA e muitos outros países desenvolvidos têm a bomba atómica, porque não posso eu ter também?";
- Uma Rússia de Putin, que orgulhosamente fez a Rússia juntar-se à mesa dos países que dominam o mundo (G8) e que utiliza como arma o fornecimento crescente de petróleo e gás natural, ameaça agora direccionar os seus mísseis para a Europa;
- Os USA apoiando, desde sempre, Israel, na esperança de que controlem os palestinianos e todo o Médio Oriente mas que, ultimamente, com o aparecimento do Irão e que tem a Israel um ódio de morte, tudo complicou;
- A China, inteligente, paciente e com visão para o futuro, tem ido, de mansinho, controlando a África e petróleo lá existente; agora que os USA e países afins se estão a virar para este continente esquecido à procura de petróleo barato, vão-se deparar com a China,dizendo "eu já cá estava!".




Energia Nuclear... uma alternativa verde? Chernobyl responde por isso. Tudo o que é comandado pelo Homem, tem falhas e, neste caso, desastrosas. Todo o mundo foi afectado, em maior ou menor escala. Poluição lançada pela China demora cêrca de dois dias a chegar ao outro lado do mundo.


Não vejo grande futuro para o nosso planeta, sinceramente...a condição humana, seja em criança ou em adulta, só aprende quando se queima e, por enquanto, apenas tem apanhado alguns escaldões... Acredito que só vai mesmo mudar quando se confrontar com um cenário tipo "The Day After", como a foto que se pode ver abaixo. E aí, poderá ser tarde demais... parte da população poderá sobreviver e recomeçar este ciclo sinusoidal, avanços e recuos, cujo o início se verificou há cêrca de 4.5 biliões de anos... até ao dia...




Por último... com mágoa e algum sarcasmo misturados, um conselho para os que têm interesses em locais junto ao mar, sejam casas ou negócios: fujam daí e mudem-se para o interior; não tem que ser hoje mas vão pensando nisso... em nome dos vossos netos e descendentes. Previsões muito seguras apontam para uma inundação geral da costa portuguesa, com o aspecto que podem ver na zona centro, no ano 2100 (mais detalhes, pf, ver meu post de 10 de Fevereiro passado).

Ah! e uma coisa mais... será que o Al Gore vai cair na tentação de se candidatar à presidência dos USA ? Esperemos que não... é que o poder corrompe...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Variações de Sexo em Allegro...

Quando iniciei este blog, pensei que o iria preencher, principalmente, com temas relacionados com sexo, acompanhando os pensamentos desta minha, por vezes, cabecinha perversa... No entanto, fui divagando por outros temas embora alguns deles ligados a relacionamentos em todas as suas múltiplas formas...
Hoje e também inspirado por vários blogs, fiquei não em rubro mas ao rubro... e daí, vou divagar sobre duas formas de sexo, calminhas mas excitantes...
E aqui vamos então...

1. Anel Durex
Passeava-me por aqui há dias quando vi num blog um post deveras excitante que andava á volta de um anel vibrador, Durex. Engraçado que, uns dias antes, tinha-o comprado na farmácia; mais parecia coisa de sexshop mas enfim... o mercado assim o obriga!
Então, para quem ainda não conheça, é um anel vibrador com uma pequena pilha que se põe no - aiiiiiiiii que palavra terrível!!!! - pénis e ao encostar à mulher, ambos sentem a vibração. Um tesão, como dizem os brasileiros e não só ! Aqui deixo uma foto que entretanto tirei. Aconselha-se...

2. Creamfields - Sexo com Música ou Música com Sexo ?
No penúltimo fim-de-semana, em Lisboa, teve lugar, no Parque da Bela Vista, Lisboa (Rock in Rio place) uma noite de música e dança invulgar: o conceito, vindo da Holanda, creio, passa pelo seguinte: discoteca em tenda e que se pode instalar mesmo no centro da cidade sem risco de haver barulhos. E porquê? Porque a música, ao som de DJ's, é ouvida através de headphones que são distribuídos a todos. Assim, para qualquer pessoa que esteja de fora, sem phones, vê montes de maluquinhos dançando sem se ouvir qualquer som! Ainda pensei em ir mas não deu. Pena que tive :(
Quando soube disto, lembrei-me de uma fantasia que tenho há bastante tempo mas - grrrrrrrrrrrrr - ainda não concretizei, até agora...
Sexo, luz fechada, sem conversinhas ao ouvidinho, phones colocados nos dois parceiros com a mesma música e ao gosto... O volume da música deverá ser de tal forma alto que impeça ouvir o som dos corpos dançando, um sobre o outro, ou mesmo a respiração, irregular e ofegante. Sexo doce? Música a condizer... Sexo selvagem? Música a condizer...
Será sexo com música ou música com sexo ? Ou as duas coisas simultaneamente, sem se conseguir distinguir qual a melhor? Altura de dizer: o conjunto é que conta? hummmm.. por enquanto, não sei não...
Agora, em termos práticos: phones com fios não é muito prático; creio que o melhor serão phones sem fios e de tamanho reduzido. Para isso, encontrei na Phone House phones da Nokia, bluetooth, e que se podem ligar a telemóveis que estejam capacitados para música (o meu está...hummmmmmmm....). Bom... não sendo tal possível, claro que se pode pôr a música bem alto, através de colunas, mas não creio que o efeito possa ser o mesmo; tenho dúvidas que assim a música possa entrar tão profundamente nas nossas almas como com phones...
Será que alguém já passou por tal experiência ? Gostava de saber...:)