E aqui está a que foi a minha leitura do Verão. Pois é, li a trilogia carregado de curiosidade para perceber a razão pela qual tanto se falava destes livros, à escala supostamente planetária. Vinha carimbada como sendo uma leitura erótica, viciante, apaixonante e a roçar por vezes – dizia-se – a pornografia.
Das cerca de 1.700 páginas lidas nos 3 livros (uma média de 570 e poucas páginas por livro), fixei algumas passagens que me fizeram sorrir:
1º livro – Grey
Pag 32: “NDA, non disclosure agreement”
Pag 64: “Never trust a man who can dance”
Pag 96: “I don´t make love. I fuck”
Pag 102: “Why is anyone the way they are?”
Pag 131: “This is going to be one difficult square to circle”
Pag 268: “A place where there are no hard or soft limits”
2º livro – Darker
Pag 34: “Do you want a regular vanilla relationship with no kinky fuckery at all?”
Pag 112: “I want you Anastasia, he murmurs. I love and hate, and I love arguing with you. It’s very new. I need to know that we’re okay. It’s the only way I know how”
3º livro – Freed
Pag 39: “I detonate around him, again and again, round and round, screaming loudly as my orgasm rips me apart, scorching through me like a wild fire, consuming everything. I am wrung ragged, tears streaming down my face, my body left pulsing and shaking.
…and he comes violently inside me while my insides continue to tremble with aftershocks. It´s draining, it´s exausting, it´s hell… it´s heaven. It´s hedonism gone wild”
Pag 45: “The fuller your bladder, the more intense your orgasm, Ana”.
Pag 108: “Anastasia, you never cease to amaze me”.
Pag 542: “Popsicle”.
Minha opinião? Achei um flop, uma desilusão, tendo em conta as fortes expectativas que foram sendo criadas. Senti tudo isso logo no primeiro livro – Grey – mas fui até ao fim da trilogia para ver se teria alguma surpresa. Tal não aconteceu.
Achei toda a história muito monótona, repetida, em que os dois – Christian e Anastasia – passavam todo o tempo a comerem-se e pouco mais. As variações eram mínimas e o sadomaso tanto anunciado pareceu-me um bocado rotineiro; umas palmadas mais abaixo ou acima, um cinto a fazer das suas e não muito mais, sempre num recato absoluto. A exclusividade e sentido de posse do Christian sobre a Anastasia era levado ao extremo, como se a quisesse manter numa redoma. Por sua vontade,ela ficaria em casa à espera dele, sem trabalhar. Ela, com o tempo, foi desenvolvento um sentimento de posse não muito diferente dele.
Mas claro que isto é apenas a minha opinião. Claro que respeito o gosto de todos os que se deliciaram com esta leitura. Felizmente que há gostos para tudo.