quinta-feira, 27 de março de 2008

Orgulho de ser português...

E porque nem tudo é mau... felizmente também temos as nossas pequenas e lindas ilhas onde nos refugiar e assim manter algum orgulho em ser português... como todos os países, também temos as nossas coisas boas e más... miserabilistas, só por o ser, isso nunca...

terça-feira, 25 de março de 2008

Por esse mundo fora...

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Já todos sabemos o que se está a passar no Tibete, os protestos generalizados um pouco por todo o mundo, a aceitação dos jogos olímpicos a serem realizados na China esquecendo os direitos humanos e deixando gritar mais alto os interesses económicos, o acordar do leão que todo o ocidente permitiu e alimentou e que agora sobre ele perdeu o controlo...

O que não sabíamos (eu não sabia) era que um um casal de portugueses está a dar a volta ao mundo iniciada no ano passado e que, nesta altura, se encontra no Tibete, por acaso, tendo assistido à vergonha que a China tem pretendido esconder.

Não só destes factos mas também relatando toda as suas experiências durante esta longa viagem de dois anos, mantêm um blog - Histórias do Mundo - e através do qual podemos os podemos acompanhar, sonhar e ambicionar passar por uma experiência idêntica. Quem sabe... one of these days...

 

sexta-feira, 21 de março de 2008

Feliz Páscoa... Ver para crer...

Nesta Páscoa, uma lembrança de S. Tomé, que aqui vemos, pelas mãos de Caravaggio, numa fabulosa pintura, representando o tão conhecido ditado "Ver para crer como S. Tomé".

Estavam os apóstolos reunidos, após a morte de Jesus de Nazaré, no terceiro dia,  quando Maria entrou dizendo que O tinha visto, falado com Ele, cumprindo o anunciado por Jesus...ao terceiro, a sua ressureição...

S. Tomé recusou-se a acreditar. Teria que o comprovar com os seus próprios olhos. Jesus, aí, apareceu e, mesmo assim, S. Tomé, para se convencar, teve que colocar seu dedo nas suas chagas.

Jesus, então, disse: Bem aventurados dos que acreditam sem ter que comprovar...

Uma boa Páscoa para todos...

terça-feira, 18 de março de 2008

In/Fidelidades...

- Para o comum dos mortais - disse Capablanca - a fidelidade resume-se ao uso exclusivo, reciprocamente exclusivo, do corpo de outra pessoa, mas nunca pensei nem senti assim. Porque devemos amar uma única pessoa ? Porque pretender gozar o outro em regime de exclusividade ? Não me parece que o amor ou a moral devam estar ligados a uma coisa tão trivial. Para mim, a verdade é um valor muito superior àquilo a que, vulgarmente, se chama fidelidade. O amor, tal como o entendo, será menos traído por outro amor do que pela mentira. Outros pensarão ou sentirão o contrário, mas é minha convicção que o amor infiel não é o amor livre, mas sim o amor negligente, o amor renegado, o amor que detesta o que amou, que, no fundo, se detesta a si próprio.

...

A fidelidade significa, acima de tudo, ser fiável e digno de confiança e ela era ambas as coisas para mim. Mas uma pessoa não deve apoiar-se única e totalmente noutra, isso seria a morte.

...

- E como combatias os ciúmes?
- Os ciúmes da maturidade são muito diferentes dos juvenis, oprimem menos e combatem-se melhor. Ao fim e a ao cabo - continuava Capablanca - os ciúmes, acho eu, são mais um produto, talvez o mais doloroso, da nossa própria insegurança. E, quando não há suspeitas, perseguem-nos menos, mas também não desaparecem, porque subsiste a certeza do que o outro existe.
A princípio, quando Isabel, minha querida mulher,  viajava ou, simplesmente, saía, aqui mesmo em Madrid, com alguns dos seus..., vou dizê-lo, obviamente, amantes, a ausência e o que a acompanha, a espera, tornavam-se insuportáveis para mim. Ela e eu falámos muitas vezes sobre este assunto espinhoso, sobre como havíamos de combatê-lo. Instava-me a fazer o mesmo. Uma espécie de vida paralela, em que eu procurasse amantes femininas ocasionais, mas tal solução, que experimentei, não foi agradável. Se olharmos bem, com olhos de behaviorista, claro, a angústia do ciúme produz-se, sobretudo, devido ao desconhecimento, à necessidade de saber como, inclusivamente em que posições e atitudes estarão, em cada momento preciso, os amantes ausentes. Foi Isabel quem teve a ideia e pô-la em prática não foi difícil, foi o ovo de Colombo. Como sabes, esta casa é grande, boa para jogar às escondidas.

Capablanca levantou-se e convidou-me a segui-lo. Ao fundo do corredor havia um quarto de paredes brancas, com a cama e os restantes móveis da mesma cor. Parecia uma suite nupcial de um hotal de luxo, só que os quadros que adornavam as suas paredes eram autênticos. Um deles, um pastiche moderno, que me pareceu uma coisa insignificante sem muita graça, era composto por recortes de jornais e no centro continha, colado sobre a tela, um espelho de mão em cujos bordos alguém, talvez guatemalteco ou mexicano, pintara em cores vivas sobre a madeira uns desenhos pretensiosamente maias. Capablanca saiu do quarto sem apagar a luz e introduziu-me no do casal, no seu, um pouco maior, que a um canto continha uma porta. Abriu-a. Naquele cubículo, apropriado para um boudoir antigo, havia apenas um cadeirão com umas pernas extraordinariamente altas e, na parede da frente, por baixo de um orifício redondo que ali fora feito e tinha forma de olho de boi, uma pequena prateleira de marcenaria.

- Senta-te nesse cadeirão e apoia os braços no suporte. É para isso que aí está - ordenou-me.

Assim fiz e dali pude comtemplar, através do espelho contido no quadro do outro quarto, aquele quarto branco, em toda a sua amplitude.

- Pode pensar-se que estas práticas são perversas - disse Capablanca - Mas, no meu caso, assenta-lhe melhor o adjectivo terapêuticas. Poder ser mórbido, eu sei, mas por isso mesmo dá-me prazer. Um prazer partilhado com ela que, sabendo-me ali, não perdia uma ocasião de me olhar, de me fazer caretas e enviar mensagens. Traindo-o a ele, mas não a mim. Oculto na escuridão, pertante aquela visão luminosa (ela nunca permitia que a luz estivesse apagada), partilhei o seu gozo e nunca, por muito que fosse a sua paixão, por mais arrabatadores que fossem os seus transportes eróticos, me senti excluído. Os seus gritos de prazer, que talvez pudessem parecer exagerados, chegavam-me com nitidez. Não lhe agradavam oas conversas com outros. Durante aqueles arrebatamentos só saíam da sua boca ordens obscenas e comentários escabrosos. Abandonava a ternura ao atravessar a porta do quarto branco e só a recuperava quando voltava para o meu lado, quando o seu amante, a meio da noite ou ao nascer do dia, partira; ela então aproximava-se da nossa cama e, nua, entrava nela, ao lado do meu corpo, para, ronronando como uma gata, me murmurar ao ouvido, começando sempre pela mesma pergunta: «Foi bom para ti?» E, perante a minha afirmação, concluía, dizendo: «Para mim, também, mas agora preciso de ti».
Era a nota final, o regresso, a recuperação do seu tacto, que eu esperava e nunca me faltou.

Excertos do livro "Infidelidades", de Joaquín Leguina...

sábado, 15 de março de 2008

Uma criança sábia

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Uma criança da aldeia nascera muda. Os seus pais, os irmãos, as irmãs, os seus colegas nunca tinham conseguido escutar da sua boca a menor palavra. Cresceu assim até aos onze ou doze anos e um dia, em que toda a gente andava no campo, ele apareceu a gritar:

- Fogo! Fogo! Venham depressa, as casas estão a arder!

Toda a gente se precipitou a caminho da aldeia e conseguiram dominar o incêndio. Mas, passada a emoção, tomaram consciência do milagre de pela primeira vez ele ter falado:

- Como foi possível que tivesses pedido socorro? - perguntaram-lhe. - Tu sempre foste mudo?

- Não.

- Então, porque é que nunca falaste?

- Não tinha nada para dizer.

(tradição indiana)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Entrando em fim-de-semana aos saltinhos de boa disposição...

E para uma sexta-feira, a entrar já em fim de semana, que tal  uma curte
relembrando o bom rock do Vitor Gomes e seus Gatos Negros, do já longíquo 1965 ?

 

Em homenagem ao meu fellow blogger Abssinto (Vitor Espadinha),
aqui está uma bela e nova versão do Recordar é Viver...

 

E para quem não conhece a versão original... long long time ago...

 

Enjoy cada minuto desta sexta, sábado e domingo também, porque não ? :)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Casamentos, divórcios e ainda desigualdades...

Já todos nós tínhamos a ideia de que o número de divórcios, particularmente em Portugal, tem vindo a aumentar mas não tinha a ideia que fosse assim de uma forma tão dramática. Retirei estes dados do suplemento do Sol desta semana, a propósito de um estudo feito sobre a taxa de fertilidade que, como sabemos, tem vindo a reduzir-se bastante.

Divorcios_ate_2006

Em 1960, cada mulher tinha 3,1 filhos enquanto que hoje tem 1,36. Para garantir a substituição de gerações, deveriam ser assegurados 2,1 filhos/mulher .Tais números não são de admirar se tivermos também em conta o decréscimo do número de casamentos ao longo dos últimos anos e, particularmente, em 2006: cêrca de 20.000 !  Ou seja, os quase 48.000 novos casamentos foram contrabalançados com os cêrca de  68.000 desfeitos , dos quais 45.000 por óbito e 23.000 por divórcio.

Para terem uma ideia dos extremos da taxa de fertilidade (nº filhos/mulher) em termos mundiais, o Mali tem o maior valor, 7,38, enquanto que Hong Kong o menor, 0,98. Curioso ver o mapa global do planeta com o detalhe desta distribuição.

Como será toda esta evolução nos próximos 50 anos se (1) não forem criadas actuações bem sérias do governo incentivando o aumento da taxa de natalidade pelo menos ao nível da subsituição de gerações (2) não fôr assumida e vestida toda uma nova mentalidade por parte do homem relativamente à mulher, como parceiros em condições de perfeita igualdade - e não de simples e graciosos ajudantes - de todo o trabalho doméstico, criação dos filhos e ainda, não esquecendo, apoio aos familiares idosos... é que há muito que passou o tempo em que a mulher ficava em casa e o homem ia trabalhar...

Entretanto, e porque somos já o sétimo país mais envelhecido do mundo e também para não perdermos mais tempo, que tal irmos começando por dar uma ajuda e deitar já "mãos à obra"...? Pelos menos, nos ameaços... (temos que sorrir um bocadinho, não é?)

 

quinta-feira, 6 de março de 2008

Não é fácil ser-se diferente...

 

Tenho aprendido que todas as pessoas são iguais, independentemente da

raça, religião ou estatuto social.

 

não é fácil ser-se diferente...

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e...

também não é fácil ser-se diferente...

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