“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”
Nietzsche
Nietzsche
E hoje faz um mês que tudo isto começou! Embora difícil, as coisas vão-se tornando mais controláveis, digamos assim. Os espaços de tempo em que não vou pensando no tabaco vão-se dilatando o que é muito bom sinal (agora que estou a dizer isto estão a dar-me umas saudades de fumar uma cigarrilha… grrrrr).
Ginásio tem sido uma constante praticamente diária (agora tem mesmo que ser ritmo apertado) nesta luta do “deixar de fumar ser sinónimo de ganhar peso”. Tenho mantido os 74 kg. Portanto, já é bom peso não aumentar. Aguentar agora e dentro de dias começar a baixar.
Engraçado esta coisa do deixar de fumar. Para além da necessidade fisiológica – nicotina – sabemos que a componente psicológica é bem forte também. Uma vez dominada a primeira, a segunda continua a prevalecer e a incomodar bastante. Tenho pensado bastante nisso, tudo é comando pelo cérebro e portanto tudo passa pela força de vontade.
Ontem, a propósito disto, aconteceu-me uma coisa gira que me deixou a pensar no que acabei agora de dizer: tinha feito uma série de pesos com os braços até à exaustão em que as últimas “sobe desce” foram já daquelas tipo a fazer uma cara de “aiii uiiii grrr hhhhemmmm”. Ou seja, a doer até dizer chega. No fim, peguei na toalha e no telemóvel. Por décimos de segundo, fiquei a olhar para o telefone na mão sem entender o que se passava pois o peso do telefone era equivalente ao de uma pena, ou seja, sem peso. Claro que deu logo para perceber que o cérebro ainda vinha formatado para um outro conceito de peso (8 kg em cada mão). É como a dor, os seus sinais são interpretados pelo cérebro (há doenças de insensibilidade à dor em que os sinais da dor em locais do corpo não chegam ao cérebro e por isso este não os consegue identificar. Ou seja, podem estar a cortar-nos um braço sem sentirmos qualquer dor ). E aí veio-me logo à cabeça: Porra, esta coisa do fumar é mesmo uma questão de vontade e cérebro a comandar… Com força de vontade, tudo se consegue…
E vou continuando nesta saga…
E vou continuando na mesma saga… já vou no dia 24 o que é muito bom. As recaídas foram poucas –as que já disse e mais uma que deixei escondida, mas só uma e já há algum tempo – pelo que até agora tem sido um sucesso mas com sangue suor e lágrimas.
Como isto continua a não estar fácil, ontem recomecei a ir ao ginásio não só para me fazer lembrar como é bom poder respirar limpo mas também para não me deixar engordar. É sabido os kilos (quilos melhor dizendo) que se ganham quando se entra em filmes destes.
O sinal de alarme foi dado quando comecei a sentir as calças apertadas o os furos do cinto a mudarem. E até hoje, sempre que comecei a sentir-me engordar, a solução sempre passou por fazer dietas e ginásio e nunca comprar números de roupa acima. E não é agora que vou mudar.
Bela vista que se tem daqui.
Assim até dá gosto!
E ontem notei uma grande diferença ao entrar no banho turco. Normalmente, nos tempos de fumador (ahahahah o gozo que me deu agora dizer isto!!!) quando entrava no turco, a princípio tossia um bom bocado à entrada para depois passar. Ontem, nem tossi um bocadinho que fosse. Bem giro que foi!
Para completar o “tratamento” e ganhar esta luta, para além das gomas, ginásio e força de vontade, só falta recomeçar com o desporto que é a minha grande paixão: ténis!
Mas o resultado final tem sido francamente positivo e tem valido a pena… que porra de vício este tão bom mas tão fodido ao mesmo tempo… tem outros bem melhores mas isso é outra conversa…