terça-feira, 22 de julho de 2008

In/Dependências...

 
Hoje envolvia-me com este livro "Já ninguém morre de amor" e divagava pelas sempre tão complicadas relações entre homens e mulheres... Diz o livro que ainda se morre de amor hoje em dia, e com maior intensidade quando tal acontece por parte do homem... Será justo dizê-lo, maior intensidade quando tal acontece por parte do homem? não sei...

A verdade é que me ocorreu toda a evolução entre o relacionamento dos dois sexos ao longo dos séculos ou, melhor dizendo, milénios. Todo o caminho percorrido até aos dias de hoje em que a mulher - pelo menos nos países mais desenvolvidos - passou a ocupar um lugar mais ao nível do homem. Digo "mais" pois e de forma alguma o é ainda em pleno.

Recordo os tempos em que o homem partia para as guerras, todo ele macho e de espada em punho (hoje a espada passou a ser substituída pelo seu carro quanto mais potente melhor) enquanto que a mulher, submissa, esperava pelo regresso do seu homem e senhor. Longo caminho então percorrido até aos dias de hoje em que, nos tais países pretensamente desenvolvidos, assiste-se já a uma forte aproximação entre homem e mulher em termos de independência. Cada um deles passou a ter a sua capacidade de subsistência, economicamente falando, diminuindo ou terminando a dependência da mulher sob o homem.

Até há poucos anos atrás - algumas décadas - o homem trabalhava  e a mulher contribuia, com seu trabalho desvalorizado, na manutenção da casa e educação dos filhos enquanto que o macho ganhava o dinheiro e o ia deixando em casa parte, a seu bel prazer, como se de migalhas se tratassem, numa humilhação tantas vezes inconsciente da mulher. E aqui falamos em regra e não de excepções.

E que acontecia quando algo corria mal na relação? Pois a mulher tinha que submeter à vontade, escravatura e caprichos do macho por não ter modo de subsistência que não dentro daquela relação. E quanto mais tarde tal acontecesse, menor as possibilidades de inverter tal situação por parte da mulher. Reiniciar uma vida, sem grande formação, com idade por vezes já avançada, não dava grande espaço de manobra que não se sujeitar à escravatura.

Por tudo isto digo que a mulher, paralelamente ao homem, deverá sempre procurar uma situação de independência económica que lhe permita  sentir que está ao lado do homem apenas porque quer e não porque não tem alternativa. Toda a relação pode viver apenas, saudavelmente, quando baseada no desejo de duas pessoas estarem juntas por sua livre vontade e não condicionadas por esta ou aquela razão. É que o coração não se comanda...

E mais não digo. Saiu-me esta divagação. Assim, just like that.

9 comentários:

abelhinha.suave disse...

Uma mulher que de há 20 anos a esta parte não tem o seu modo próprio de subsistência é comodista, preguiçosa, básica, ignorante… os casos sucedem-se e só não tira ilações quem é atrasado. Não me venham dizer que ficou combinado entre um e outro que era assim ou assado - conversa de chacha. Uma pessoa quando se quer impor não há conversa que resista. Cumulativamente se os estudos são poucos, pior consideração teremos por ela. Ou seja, não vale nada a qualquer nível. É triste vermo-nos ao espelho e concluirmos que somos menos que pó!

Vitória disse...

Olha sabes o que te digo?
Cada vez gosto mais de mim..lool

Sou indepentente em todos os aspectos;)

Beijooo

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
++++++++
olá, adoro mulher bonita. E olhar não é pecado. E, mesmo que fosse, que se fo..., digo, lixasse. Sursum corda

Marta Vinhais disse...

Olá, há quanto tempo realmente!!!!
Bom "ver-te" e ler, como sempre um texto interessante e bem estruturado....
Obrigada pela visita; espero a tua visita mais vezes....
Beijos e abraços
Marta

Cristina Paulo disse...

E divagaste muito bem! muito mais haveria a dizer...também sobre o papel da mulher e do homem no "novo" mundo, em que há muita confusão e falta de harmonia e de integração...mas isto já são outros 500 ;)
Um bom fim de semana para ti!!
beijo meu

Anónimo disse...

Toda a relação pode viver apenas, saudavelmente, quando baseada no desejo de duas pessoas estarem juntas por sua livre vontade e não condicionadas por esta ou aquela razão. É que o coração não se comanda...
concordo c o q esreveu.Morrer por amor é demasiado estupido,ng devia morrer por amor pk todos temos desgostos mas podemos sp ser felizes,basta queremos,estarmos de mente aberta.dizem q o amor é comlicado mas a verdade é q mts vezes sao as pessoas q complicam demasiado a pensar em coisas sem importancia bj

Unknown disse...

Pois divagaste muitíssimo bem! =) É bom saber que a mulher anda a dar o grito do (h)ip!iranga e anda a tornar-se cada vez mais independentes, mais senhoras de si (afinal haviam de ser senhoras de quem?!) É pena que haja gente (homens e inclusivé mulheres) que ainda achem que a mulher pertence em casa.

Uma vénia às mulheres que lutam e aos homens que as apoiam (sim, porque também os há).

E um grande beijo para ti também, este cheio de felicidade =D*

carpe vitam! disse...

Concordo plenamente. As pessoas têm de ser livres para escolher, se não têm outras hipóteses, não é escolha.
bom fim-de-semana!

fotógrafa disse...

Isso mesmo, e também muito importante é saber, que não é um homem ou uma mulher, que faz a felicidade do outro...
se não nos amarmos antes de mais nada, não há ninguém que faça isso por nós.Só quando nos amarmos a nós próprios, só assim o companheiro ou ompanheira, será na realidade o nosso caminhante de amor, na jornada aqui neste lindo planeta!
Abraço