sábado, 30 de agosto de 2008

Poesia erótica I - Camilo Castelo Branco (reloaded)

 

Camilo Castelo Branco

Naquelas eras corruptas,

era severa a justiça;

se as rainhas eram putas

os reis tinham frouxa a piça.

 

by

Camilo Castelo Branco
1825-1890

 

E quem disse que o erotismo e afins não ocupavam e ocupam uma parte significativa do pensamento dos grandes poetas, escritores e não só...?

Ficheiros secretos...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

De regresso a Shelyak...

Universo 

 

...é chegada a hora de regressar à minha estrelinha Shelyak... talvez não por muito tempo, não sei...
...tem sido muito bom voar por aqui com todos vocês... regresso rapidinho...
 

Gravity is working against me
And gravity wants to bring me down

sábado, 23 de agosto de 2008

Shelyak on the Rocks...

 

shelyak_ontherocks

Pois é... esta coisa de só as meninas terem fotos suas nos blogs, super provocadoras, e deixarem-nos, homens, derretidos, não pode continuar... haja igualdade... e por estarmos não na Silly Season mas sim
na Fucking Season, aqui vai uma foto minha de hoje...

E um belo fim de semana que desejo a todos ao som deste ritmo diabólico e bem sugestivo...smile_angel

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Amar...

 isadora20duncan

Isadora Duncan nunca foi feliz; penso que ela só procurava afecto e o que encontrou foi desejo. É complicado distinguir entre uma coisa e outra, mas não há dúvida de que são diferentes. Embora as fronteiras entre uma necessidade e a outra se sobreponham, um sentimento não tem nada que ver com o outro. A relação de dependência não serve para amar. O amor é algo muito mais incondicional, que não responde a qualquer acto concreto de gratificação ou de bem-estar. Ama-se porque se ama, sem se pensar no que se pode receber em troca; é um sentimento que se pode converter numa dependência, num acto compulsivo e, quando isso ocorre, a pessoa não sabe como se salvar, como se desintoxicar. Objectivamente, não há nada que a una ao ser amado e, contudo, a pulsão continua latente. Muitas muheres afectadas por esta doença desejam que o objecto amado desapareça, que morra assassinado ou, simplesmente, padeça de uma pneumonia sentimental. EStá ainda por descobrir um equivalente à metadona, tão útil, em certas circunstâncias, para os heroinómanos, para quando alguém se prende a um ser humano. Só com a morte do outro é possível experimentar um verdadeiro luto. Para além disso, para mal do paciente, este homem ou mulher amado surge muitas vezes como protagonista nos sonhos, ou melhor, pesadelos, ou na insónia, em forma de evocação, transformando definitivamente a vida do sujeito que ama numa verdadeira via crucis.

(excerto de vida de Isabel Duncan, livro Sexo Dependentes)

 

I saw someone again today
Who remembered me and you
They asked all the same old questions
I gave the same excuse
They said what a shame, what a shame
To lose a love so fine
But I never lost you, I never lost you
I never lost you, you were never mine

I kept on believing
What I wanted to believe
The unspoken promises
That you could never keep
But it's a sin, oh it's a sin
To tell yourself a lie
I never lost you, I never lost you
I never lost you, you were never mine

Did you give me all you gave me
Just because I needed you
But when I needed all your love completely
Was it more than you could do

Sometimes deep in the night
When I hold you in my dreams

I get lost in your loving touch, baby
I can't believe how real it seems
And I know, yes I know
I'll have you 'till the end of time
'Cause I never lost you, I never lost you
I never lost you 'cause you were never mine

I never lost you, I never really lost you
How could I lose you, you were never mine

SMS 3:51 am

Minha filha: Achas que sou boa filha ?

Eu: Acho sim, és adorável embora com as manias próprias da idade... :)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Paciência

 zen

Um homem de notável reputação tinha um criado com uma cara atroz e um carátcter impossível. Não podia receber uma ordem sem ficar imediatamente encolerizado, sentava-se grosseiramente à mesa, servia mal, dava encontrões aos convidados e deixava o patrão à sede. Todas as reprimendas o deixavam indiferente e só serviam para agravar a desordem e a negligência do seu serviço. À noite ressoava pela casa o barulho dos seus passos, da louça que partia. Acontecia deitar galinhas para o poço e amontoar molhos de silvas no caminho por onde o seu patrão devia passar. Não se podia contar com ele para nada.

Os amigos do patrão aconselharam-no a desembaraçar-se daquele criado insuportável e a admitir outro.

- Mas porquê - respondeu o patrão, sorrindo - Devo ao meu criado uma grande mercê, pois ele fez de mim um homem melhor. Sim, ensinou-me a paciência e todos os dias me ensina mais. E este bem permite-me suportar todos os outros incómodos da vida.

(Conto persa)

 

...rebolo-me todo com esta versão. experimentem pôr o som bem alto, deixem-se ir e vão chegar ao céu na terra...

domingo, 17 de agosto de 2008

Sunday Shot

 

vacamaluca

Uma vaca engole uma pastilha de ecstasy,

 

toma um táxi e diz ao motorista:

 

Leva-me ao matadouro

.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Silly Season ? Deve ser engano...

 judi

Com afirmações bombásticas destas, é natural que se diga que estamos em plena silly season...

mas pensando melhor e com este calor ? hummmm... parece-me mais apropriado chamar-lhe, sim...

The fucking season... !!!!

Será ?

Para ouvir com cuidado, muito cuidado... a propósito ou não...

sábado, 9 de agosto de 2008

Questões culturais...

thinker21

Há tempos estava com uma amiga que me dizia... "olha lá! vocês, homens, gostam tanto de sexo anal e verdade que muitas mulheres gostam de o sentir sim...  mas essa é uma zona comum ao homem e mulher... zone erógena igual... assim sendo, porque é que o inverso não é verdadeiro e os homens têm todos esses problemas em admitir que também é bom ???? "

Isto aconteceu depois de uma sessão de sexo em que o dedinho dela esteve bem activo...

Aí, fiquei a pensar... realmente... pois...

Questões de cultura... será ?

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

SexoDependentes

SexoDependentesAcabado de ler o livro de Paula Izquierdo sobre a história de 21 mulheres radicais, todas elas famosas, focando especialmente a vertente sexual, não resisti a aqui deixar algumas passagens do seu prólogo que dão que pensar. Mulheres como Simone du Beauvoir, Anis Nin, Edith Piaf, Mata Hari, Joan Crawford, Catarina da Rússia, Virgina Wolf, Pauline Bonaparte, Janis Joplin, Sarah Bernhardt, Isabel I de Inglaterra, entre outras...

Passagens estas que são um belíssimo incentivo para nos envolvermos no livro em si e reflectirmos sobre o nosso posicionamento no mundo...

 

"O que há de viciada em sexo numa mulher que dá rédea solta à sua líbido? Os homens eram boémios, as mulheres eram putas. Porquê essa distinção que inclusivamente ainda hoje se mantém e se utiliza para classificar e rebaixar este tipo de mulheres?"

"Uma conduta sexual pode ser anormal para uma determinada época e moral. Séneca disse:«O que foram vícios são agora costumes». Será igualmente necessário acrescentar que também acontece o contrário. Basta pensar em Oscar Wilde ou em Berndard Shaw, cujos percursos de vida teriam sido infinitamente menos conturbados se tivessem nascido na Grécia clássica em vez de o terem feito na tradicional época vitoriana.
Moral, cultura e local de nascimento determinam indubitavelmente as possibilidades de liberdade sexual do indivíduo. Fala-se demasiadamente levianamente, sobretudo a propósito da vida sexual, de indivíduos doentes, e considera-se, também com demasiada frivolidade, pervertido ou perverso aquilo que é apenas diferente do que encaramos com normal".

"Foram mulheres com uma personalidade forte e uma maneira de ser que se impunha aos usos e costumes da época em que viveram. Ser "elas próprias" foi sempre uma tarefa árdua, sobretudo para aquelas que viveram durante a segunda metade do século XIX e a primeira do XX. Por exemplo, durante este período, a homosexualidade feminina era uma prática habitual, contudo, a dupla moral da altura obrigava a que as mulheres que queriam escrever sobre o tema o fizessem apenas se as teses que desenvolviam fosse uma condenação dessa prática sexual. Prática que, como disse, era relativamente corrente, entre outras coisas porque as mulheres entendiam a carnalidade, o desejo e o amor de uma forma diferente dos homens. A cultura libertina faz parte do ser humano, no entanto, excepto testemunhos escritos como ficção, , até depois da Idade Média são poucas as referências fidedignas que encontramos no que diz respeito ao comportamento das mulheres relativamente à sua sexualidade".

"Citando Thomas Bernhard: Quando uma mulher se torna demasiado forte, o homem tem vontade de a matar".

"O medo de «o que dirão» continua vigente no século XXI associado à nossa vida, de modo que são poucas as mulheres que não se sentiram vulneráveis, agora e sempre. Por isso, talvez tenha ainda maior importância o facto de algumas das mulheres de que falo em seguida não terem caído na armadilha da vulnerabilidade ou, peo menos, não pelo facto de seram mulheres.
Por isso, este livro pretende deixar um testemunho dos diferentes usos e hábitos de certas mulheres, ousadas, audazes e astutas, que viveram em momentos diferentes da História e que procuraram um lugar no mundo, um caminho a seguir, sem pudor nem complexos, umas vezes passando por cima do «o que dirão», e outras transgredindo as normas e pautas de actuação que lhes correspondiam, precisamente para que «dissessem», mas com motivos. Não se trata de julgar os comportamentos, apenas de indagar as diferentes formas de encarar a procura do prazer e de si mesmo.
A teoria é que quanto maior a cultura, maior a sofisticação e, por isso, maior a tortuosidade dos comportamentos para alcançar o tão desejado clímax. Veremos. A verdade é que foi só em 1970 que a Organização Mundial de Saúde classificou a dependência sexual como doença. Foi então catalogada como uma dependência semelhante ao vício do jogo, à toxidependência ou ao alcoolismo".

"William O. Douglas, presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, afirmou: A ideia de utilizar censores para eliminar os pensamentos de carácter sexual é perigosa. Uma pessoa sem pensamentos sexuais é anormal".

"Charlin Chaplin considerava que o seu pénis era a oitava maravilha do mundo, e alguma coisa certamente deveria ter já que este, ou seja, o seu falo, fascinou milhares de mulheres".

"Diego Rivera e sua mulher Frida Kahlo, na segunda parte do seu casamento, mantinham jogos de alcova com amantes diferentes. Relações que depois contavam um ao outro, num divertimento aparentemente admitido e cúmplice..."