Isadora Duncan nunca foi feliz; penso que ela só procurava afecto e o que encontrou foi desejo. É complicado distinguir entre uma coisa e outra, mas não há dúvida de que são diferentes. Embora as fronteiras entre uma necessidade e a outra se sobreponham, um sentimento não tem nada que ver com o outro. A relação de dependência não serve para amar. O amor é algo muito mais incondicional, que não responde a qualquer acto concreto de gratificação ou de bem-estar. Ama-se porque se ama, sem se pensar no que se pode receber em troca; é um sentimento que se pode converter numa dependência, num acto compulsivo e, quando isso ocorre, a pessoa não sabe como se salvar, como se desintoxicar. Objectivamente, não há nada que a una ao ser amado e, contudo, a pulsão continua latente. Muitas muheres afectadas por esta doença desejam que o objecto amado desapareça, que morra assassinado ou, simplesmente, padeça de uma pneumonia sentimental. EStá ainda por descobrir um equivalente à metadona, tão útil, em certas circunstâncias, para os heroinómanos, para quando alguém se prende a um ser humano. Só com a morte do outro é possível experimentar um verdadeiro luto. Para além disso, para mal do paciente, este homem ou mulher amado surge muitas vezes como protagonista nos sonhos, ou melhor, pesadelos, ou na insónia, em forma de evocação, transformando definitivamente a vida do sujeito que ama numa verdadeira via crucis.
(excerto de vida de Isabel Duncan, livro Sexo Dependentes)
I saw someone again today
Who remembered me and you
They asked all the same old questions
I gave the same excuse
They said what a shame, what a shame
To lose a love so fine
But I never lost you, I never lost you
I never lost you, you were never mine
I kept on believing
What I wanted to believe
The unspoken promises
That you could never keep
But it's a sin, oh it's a sin
To tell yourself a lie
I never lost you, I never lost you
I never lost you, you were never mine
Did you give me all you gave me
Just because I needed you
But when I needed all your love completely
Was it more than you could do
Sometimes deep in the night
When I hold you in my dreams
I get lost in your loving touch, baby
I can't believe how real it seems
And I know, yes I know
I'll have you 'till the end of time
'Cause I never lost you, I never lost you
I never lost you 'cause you were never mine
I never lost you, I never really lost you
How could I lose you, you were never mine
4 comentários:
Querer afecto e apenas encontrar desejo é o drama de muitas mulheres, que por terem uma aparência fantástica fazem com que a maioria das pessoas (grunhos) não as consigam ver pelo interior. Uma solução seria andarem do avesso...
O compromisso, é cada vez mais difícil, as pessoas têm medo de se dar totalmente, optam por relacionamentos menos complicados...Amar é dar porque nos sabe bem, porque sim, n há explicação, n há razão, n se pensa, n se cobra...ama-se e pronto.
Por vezes n funciona assim, porque um quer sempre mais que o outro, nunca chega, o que leva muitas vezes à marcação dum território que nunca lhe pertenceu e isto por consequência leva a um desgaste emocional.
Gostei muito da música ;).
Bjo
Realmente afecto e desejo às chegam a anular-se reciprocamente, outras complementam-se.
Fiquei a pensar nisto...
Bjs prometidos
É o amorrrrr é complicado.
Eu sou e gosto de ser livre.
Prenderem-me ou tentarem, perdiam o melhor de mim,logo acho que nao devemos sequer tentar..;)
Beijooo nino
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