domingo, 7 de fevereiro de 2010

Imagem pública – responsabilidades acrescidas – Relações…

Facto: Ontem, na sala VIP (lounge) do aeroporto, Carlos Queirós e o jornalista desportivo Jorge Batista, envolveram-se em agressões em público, nomeadamente perante as pessoas que fazem parte do comitiva que ia assistir ao sorteio do Euro 2012 e que se realizou hoje. Grande parte da impressa escrita e televisiva já noticiou este triste acontecimento. Deixo um link aqui

Estas agressões ultrapassaram tudo o que se pode conceber como sendo possível por parte de uma pessoa que desempenha as funções de treinador da selecção nacional, na minha opinião. Curioso é que o presidente da FPF, Madail, saiu de imediato em defesa do treinador, desvalorizando este acontecimento. Pudera! São todos iguais!

Não posso deixar de fazer várias reflexões…

1. Pessoas que desempenham funções acrescidas, imagens públicas e que deverão servir de modelo e exemplo para todos com quem trabalha e para o público em geral, têm responsabilidades muito acima da média. Deverão ser pessoas irrepreensíveis e, por esta razão, ganham fortunas.

2. Neste caso, Carlos Queirós quebrou, sem margem para dúvidas, este príncipio sagrado.

3. Como pode ele, em casos futuros, castigar jogadores que tenham comportamentos idênticos, nomeadamente entre colegas da mesma equipa? Não terá moral para isso.

4. Uma pessoa assim mostra que não tem um controle sobre si mesmo e que precisa para disciplinar uma classe tão difícil como a dos jogadores de futebol.

5. Faz com que o público se divorcie, cada vez mais, da nossa selecção, não lhe dando o apoio que tanto precisa.

6. Uma tristeza constatar tudo isto. Faz-me lembrar a classe política em todo o seu esplendor. Recordo agora a cena da Maria José Nogueira Pinto, no Parlamento, na cena do palhaço . Neste caso, acharam tudo normal mas já não foi o caso quando exigiram a demisão do ministro Manuel Pinho com a cena dos cornos.

7. É sempre a mesma coisa: dois pesos, duas medidas, conforme as pessoas e interesses em causa. Mas bem mais grave e inaceitável quando acontece com figuras de responsabilidades acrescidas e públicas e que ganham fortunas por tais razões.

Foda-se!

 

Querem mais?  Esta também é “linda” embora já com algum tempo…

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O novo sr. dr. Secretário de Estado da Protecção Civil do actual governo (sim, governo com um “g” em letra pequena!)

VascoFranco

É o que temos!!!!!!!!

O Sr. Dr. Vasco Franco há 4 anos atrás tinha o antigo 5º ano do Liceu (9º ano de escolaridade actual) por equiparação do Curso Comercial. Entretanto, formou-se com 18 (dezoito) valores na Universidade Lusófona - ULHT (atenção: não foi na Independente, hein!!!).

Vejam se o seu curriculum no site do governo não impressiona…

Assim, na ULHT, propriedade de um dos chefões da Maçonaria, cuja mulher foi eleita deputada pelo PS nestas legislativas e fez parte das listas autárquicas de 2009 em Lisboa (coincidências), cidade onde tem várias obras embargadas nos seus colégios e escolas (mais coincidências, é claro), o sr. Franco passa a Sr. Dr. Franco, mais rapidamente ainda do que o Sr. Eng. Sócrates e pelo menos tão rapidamente como o Sr. Dr. Vara, ambos na Independente.

Ou seja, continuamos e aprimoramos. Viva Portugal!

Com o 9º ano, 50 anos de idade e reforma de mais de € 3.000 euros... até parece gozo...
CHAMAR-LHE ESCÂNDALO É POUCO!
O Presidente da República não deve saber desta.  Será que alguém lhe pode enviar a notícia?
ENTÃO É ASSIM!

Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, já está reformado.
A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a  € 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado - técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» -apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro.
Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.

Triplicar o salário - Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de € 4.000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril.
O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo PS mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para € 2.000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao Expresso Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de € 5.000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais € 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (?????), e cerca de € 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado Vasco Franco do PS, triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de  carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

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E é assim, através destes pequenos e muitos aparentes “nadas” que o nosso sentimento sobre alguns relacionamentos se vai deteriorando aos poucos. Quase sem se ir dando por isso. E, mais tarde, quando damos por nós, deparamos com uma relação – neste caso com a nossa classe dirigente – que nem sabíamos estar terminada. E depois… depois… espera-se apenas que aconteça a tal gota de água…

2 comentários:

S* disse...

mete medo ao susto. :P

Unknown disse...

Virtudes públicas e vícios privados? Dispenso...
As gotas de água existem por alguma razão. Tudo tem o seu q.b. - Ponto de Equilíbrio.

Beijinho