Tão maltratado que o Amor tem vindo a ser... onde estão os grandes filmes de amor ao ponto da União Europeia ser obrigada a divulgar vídeos de incentivo à produção destes filmes, um deles (o segundo destes dois) que muitos de nós já viram e que nos deixou, de alguma forma, incrédulos, não pelo vídeo em si mas por ter sido produzido pela EU. E a pensar que éramos, neste chamado velho continente, muito conservadores...:)
Para mim a terceira força mais poderosa deste nosso planeta ao nível da condição humana, logo a seguir ao Sexo e Paixão (será que estou a dizer alguma blasfémia?), o Amor, tem andado arredado do nosso quotidiano, deitado ao lixo pela sociedade que nos bombardeia com todo o tipo de sentimentos que não esse. Porquê ? Talvez porque possa transmitir uma imagem de fragilidade, de fraqueza, de um dar a outra face, não compatíveis com um mundo em que a competição e o salve-se quem puder são dominantes. A actual ausência dos grandes filmes de amor - estou a lembrar-me de Casablanca, por exemplo - a publicidade, os jogos multimédia sempre à volta da violência, as notícias com as desgraças diárias que têm mais ou menos impacto consoando o grau de horror, tudo isto tem conduzido a que a palavra amor passe a pertencer à classe de palavras menos utilizadas no nosso dia-a-dia. Uma palavra que nos mete medo? Sim, verdade... são tantas as vezes que fugimos dela como o diabo foge da cruz mas o que fazer? É como o Homem e a Mulher: não passam um sem o outro. Um mal necessário? É capaz de ser sim mas é tão bom...:) O que estará mal então? Possivelmente o Amor terá que ser redimensionado e encarado de forma diferente em face da evolução que o mundo tem tido através de todo o tipo de solicitações ao nosso alcance, sexo fácil, grande interacção entre as pessoas mesmo quando estamos em nossas casas no fim de cada dia à distância de um teclado; numa palavra: uma oferta esmagadora!
Talvez tenhamos que ter mais presente a ideia de que ninguém é de ninguém mesmo quando se ama alguém, como diz o João Pedro Pais... talvez assim sendo a mentira e omissão deixem de estar tão presentes e a partilha de sentimentos se torne infinitamente mais fácil... Por uma questão de cultura e educação, sempre tive grande dificuldade em exteriorizar verbalmente o que sente o meu coração; normalmente ou mesmo sempre, prefiro-o fazer através de actos ou afins, lembrando-me da máxima "palavras levam-nas o vento", mas verdade que também é bom ouvir... as tais palavras... um "amo-te", por exemplo... e se gostamos de ouvir, também "temos" que dizer... Sempre me senti muito ligado a um poema de Fernando Pessoa que acho lindo... O amor, quando se revela...
Para mim a terceira força mais poderosa deste nosso planeta ao nível da condição humana, logo a seguir ao Sexo e Paixão (será que estou a dizer alguma blasfémia?), o Amor, tem andado arredado do nosso quotidiano, deitado ao lixo pela sociedade que nos bombardeia com todo o tipo de sentimentos que não esse. Porquê ? Talvez porque possa transmitir uma imagem de fragilidade, de fraqueza, de um dar a outra face, não compatíveis com um mundo em que a competição e o salve-se quem puder são dominantes. A actual ausência dos grandes filmes de amor - estou a lembrar-me de Casablanca, por exemplo - a publicidade, os jogos multimédia sempre à volta da violência, as notícias com as desgraças diárias que têm mais ou menos impacto consoando o grau de horror, tudo isto tem conduzido a que a palavra amor passe a pertencer à classe de palavras menos utilizadas no nosso dia-a-dia. Uma palavra que nos mete medo? Sim, verdade... são tantas as vezes que fugimos dela como o diabo foge da cruz mas o que fazer? É como o Homem e a Mulher: não passam um sem o outro. Um mal necessário? É capaz de ser sim mas é tão bom...:) O que estará mal então? Possivelmente o Amor terá que ser redimensionado e encarado de forma diferente em face da evolução que o mundo tem tido através de todo o tipo de solicitações ao nosso alcance, sexo fácil, grande interacção entre as pessoas mesmo quando estamos em nossas casas no fim de cada dia à distância de um teclado; numa palavra: uma oferta esmagadora!
Talvez tenhamos que ter mais presente a ideia de que ninguém é de ninguém mesmo quando se ama alguém, como diz o João Pedro Pais... talvez assim sendo a mentira e omissão deixem de estar tão presentes e a partilha de sentimentos se torne infinitamente mais fácil... Por uma questão de cultura e educação, sempre tive grande dificuldade em exteriorizar verbalmente o que sente o meu coração; normalmente ou mesmo sempre, prefiro-o fazer através de actos ou afins, lembrando-me da máxima "palavras levam-nas o vento", mas verdade que também é bom ouvir... as tais palavras... um "amo-te", por exemplo... e se gostamos de ouvir, também "temos" que dizer... Sempre me senti muito ligado a um poema de Fernando Pessoa que acho lindo... O amor, quando se revela...
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Para terminar... I've been working on it, really hard... cada dia que passa vai-me sendo mais fácil soltar, por palavras, todo o Amor que tenho dentro de mim...
Free Hugs no Porto...
Notinha: acho que nunca tinha feito um post assim tão "mariquinhas"...:)
23 comentários:
:))
Uma "mariquice" de vez em quando faz bem... ao coração!
Mas não deixa de ser interessante, uma vez que o amor é bastante maltratado...
Quem não gosta de se sentir desejado, amado, acarinhado??
Eu hoje sinto-me...
Obrigada pela visita; tu também me estás a ajudar com o projecto...
Desta vez, deixo um grande sorriso e um xi bem apertado
Marta
Notinha: Adorei o post e de mariquinhas nada tem :))
E isto...
"Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente! "
...
Deixo-te um beijo abraçado num dia muito lindo
(*)
sempre sábio, querido sheliak.. o amor anda escasso, é a era do sexo fácil e do medo da partilha..
tlvz medo da entrega, de demonstrar fragilidade como dizes...
daqui a uns anos se isto n melhora, é uma sociedade de solteirões/ solteironas..
n pareceu nada um post mariquinhas ehehe
beijos doces
Só uma pequena nota ao comentário anterior:
se a sociedade se tornar de solteirões e solteironas isso pode não ter nada que ver com não haver amor. Aliás, os casamentos são, muitas vezes, sinónimo de amores acabados, findos...
Posto isto, resta-me dizer que o amor é o amor. Que não devemos ter qualquer vergonha de o sentir, demonstrar e "dizê-lo cantando a toda a gente". Mesmo sem sermos correspondidos no mesmo nível de expectativas, que já me aconteceu, nunca tive vergonha de amar. E quando amei, amei muito. Poucas vezes, se pensarmos no amor romântico, mas muito forte.
O amor fraterno sinto-o por algumas pessoas e é muito confortante.
Sabes, não sei se andamos tão arredados do amor assim. Penso que se andássemos, já tinha havido um suicídio colectivo :-). Apesar de tudo, é por haver amor no ar que vamos aguentando outras coisas mais tristes que nos andam a acontecer...
Beijinhos, apaixonado pela vida (e não só! :-))
Eu confesso... tenho um medo de morte do Amor.
Mas... como tudo o que me assusta também me atrai irresistivelmente, nunca deixei de me dar por causa desse medo.
É claro que de vez em quando entro em stress absoluto, interrogo-me, torturo-me com pensamentos... mas deixar de acreditar no Amor não. Isso não.
Beijosss
(De certeza que ELA amou o "post mariquinhas") :)
E ainda bem. O amor é uma seca!!!
Arreda-te pra lá cupido de um raio!
Bom fim de semana.
Beijo de mar!
Ps- Comprei a Antologia de Torga. Fantástico! ;)
Simplesmente... divino..!
O som que fazem "essas asas ..."
"mariquinhas" são criaturinhas incapazes de exorcizar sentimentos..ou alterar o registo!
Os meus parabéns
T3resa
Por vezes existe dificuldade na entrega qando se ama.
Bom fim de semana
Bjs Zita
Então eu sou uma grande mariquinhas lá no meu vertigens ;)
para mim o amor, em sentido amplo,restrito,é a minha condição de vida,e apesar das muitas consequências menos boas que isso me traz,quero e vou continuar a ser e a sentir assim...
Ps:este poema é LINDO,e também está no meu beco escuro(como diz Mr.Abssinto) ;)
beijinhos*
Um blogue interessante!
Abraço
Paulo
Um post romântico, chamar-lhe-ia romântico em vez de mariquinhas!!! E o romantismo só te fica bem! Eu também acho que sou um pouco, heheh, até já lá dizia o Tony de Matos - por azar morreu pouco tempo depois de gravar essa música - por isso sejamos românticos, q.b.
Mas o teu post toca nas coisas certas... verdadeiros filmes de amor, onde estão? O grande cinema europeu, onde está? Um dia destes vi um filme de Antonioni que me fez várias vezes ir à net confirmar se o filem era realmente de 1966... poderia ter sido feito agora...
Um abraço! Se quiseres ir votar na minha sondagem sobre quem vai ganhar o jogo de hoje, força!!!
UM abraço!!!
Shelyak
Ai o amor...
Isso existe ou foi algum lunático que o inventou?
Começo a pensar que ou sou eu que não vejo essa coisa chamada amor ou então ele não me vê a mim... lol
E o post não é nada mariquinhas seu maluco :))
Uma Beijoka e Boa Noite!
" O Amoe é fodido e também mariquinhas" poderia ser o título actualizado de um novo livro do MEC, se ele se lembrasse disso...
Já reparaste que o Amor por vezes surge em onze segundos apenas? E por vezes fica para uma vida inteira? Aconteceu comigo, sabes?
Com certeza que sabes tudo isto, ou não tinhas feito um post tão mariquinhas, ops, amoroso!
beijinhos para ti e para o teu amor
não sei se hoje seria o dia indicado para ler este post...mas li e reli, e reli e reli e vou continuar a ler....
Meu Amigo
Palavras acertadas como sempre. Só uma coisa não concordo, "post tão mariquinhas", faça-me um favor! Falar de AMOR, vibrar AMOR é isso que precisamos...
Pérolas incandescentes de amor.
Eärwen
:)mas esta tão lindo!!..falas do mais importante que há na vida o amor..que tudo constrõe..que tudo fortalece e que em tudo nos torna melhores..adorei!!!
é assim mesmo...AMOR!!MUITO AMOR!!
BEIJOCAS DOCES
Mariquinhas???
Maricas são os q não têm a coragem necessária p/se entregar a um sentimento de amor, pois este requer cuidado, atenção, alimento, despreendimento e principalmente tesão! Não me refiro a tesão do sexo.... mas o tesão do espírito... aquele q nos faz sentir, mesmo sem a presença do outro, q ele permanece em nós!
beijinhos de muito amor pra vc
...é fogo que arde sem se ver... e por aí fora, e a pergunta que fazes justifica.se e muito.Quanto aos filmes, curiosamente quase todos têm sempre subjacente uma história de amor, mas um que vi e que retrata muito bem o que é um filme de Amor ( se é que existe isso) foi o Serendipity, com o Jonh Cusack. Sofrimento, procura, desejo e finalmente, voilá, aquele encontro que se deseja muito e quase nunca acontece.Pronto, já dei o meu contributo para a maricada, lol.Gostei muito do post e a musica aqui é sempre sublime.Ciao amigo.
Eu amo filmes de amor.
Sinto falta de os ver. De me emocionar, sonhar e amar com eles.
A velocidade dos dias ajudam a desumanizar relações e com elas sentimentos puros.
Outos como Casablanca, lembro "West side story", "pretty Woman", "shakespeare in love"...e o ultimo que amei...o "diário da nossa paixão", filme cuja história e fim romântico me encantou ao limite das lágrimas.
"A vida é bela" um hino ao amor, sobretudo de pai, mas também de homem e mulher...
Tantos...cada vez mais raros...
como as cartas de amor, q todos têm mas cada vez menos.. e tantas outras coisas, que levem a palavra ou o gesto AMOR.
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Um bem haja ao amor e aos que o enaltecem!
Mariquinhas porquê?
Porque é que quando os homens falam de amor se sentem assim?
E as mulheres quando discutem futebol que são :)
A vida é feita de amor e aqui deixaste um bom momento.
Obrigada pela tua mariquice :)
Beijinho grande
Só conheci o amor aos 22 anos. E ainda há tanta coisa para descobrir... O Amor ainda vive. Felizmente, só morrerá quando o último homem e a última mulher à face da terra morrerem.
"Ah, mas de ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!"
Eu acho que ela sabe. Mesmo que não oiça. Ela sabe. Não achas? :)
E à medida que passam os dias, aumenta a facilidade em juntar letrinhas tão pequenas... mas tão grandes... :)
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