quarta-feira, 25 de abril de 2007

Audiolivros... ajudam a vencer a monotonia dos transportes ?

Gosto bastante de ler e saber que, em Portugal, os audiolivros começaram já a ter algum desenvolvimento, fez com que o meu interesse aumentasse ainda mais. Verdade que esta forma de comunicação se destina, prioritariamente, aos invisuais e outras pessoas com limitações físicas, mas ocorreu-me o quanto poderia ser bom ir ouvindo/lendo livros no tempo em que estamos ao volante, ou em deslocações normais ou viagens ou ainda nas longas filas de trânsito.
Comprei então um audiolivro, policial nada de especial, apenas com o intuito de "ver como era". Bom, é realmente engraçado mas tem um problema grande: apenas consigo seguir a história se estiver com bastante atenção ao desenrolar de todo o conto, o que é complicado pois esta minha cabecinha - e provavelmente também as vossas - está sempre a funcionar, divagando pelas questões do dia-a-dia com que vou sendo regularmente confrontado e envolvido. É sempre possível voltar atrás para voltar a ouvir o que se pode ter perdido mas, às tantas, desiste-se pensando que será melhor ouvir em outra ocasião. Só que essa "ocasião" nunca mais chega... e assim, ainda lá tenho, no leitor de cd's do carro, o para mim já célebre audiolivro... lembro-me sempre dele quando escolho notícias ou música ! :) Ah ! e tem mais um detalhe: nem pensar, em regra, ouvir o audiolivro quando vamos acompanhados no carro, o que vem complicar ainda mais as coisas.
Claro que tudo o que digo é igualmente válido para todo o tipo de transportes, sejam autocarros, comboios, barcos e afins; aí, um leitor de mp3 ou de cd's resolverá o assunto.
Apesar de tudo isto, ainda não cheguei à uma conclusão final pois, sendo o conteúdo do audiolivro de interesse relativo, pode essa causa ter contribuido para a minha falta de atenção, o que poderá ser normal pois todos nós a graduamos e focalizamos dependendo do interesse que o tema nos suscita.
Sei que existe já há alguns meses há venda - download possível no pc, pagando, claro - o Codex 632 do José Rodrigues dos Santos, que muito gostaria de ler. Aí, talvez já resultasse, não sei, mas é verdade que o livro é bem extenso e todo o conjunto em versão audio é composto por 16 cd's.
A ver vamos...
Interrogo-me se, dos amigos com quem aqui me encontro, algum terá tido já uma experiência semelhante... engraçado que seria saber...

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho muito util os audiolivros para os invisuiais ou até analfabetos(ainda existem), mas na verdade eu nunca iria comprar, era incapaz de me concentrar assim, desde miuda que minha Mãe lia para nós e eu nunca gostei, só consigo ler, e ouvir um livro lido por outra pessoa não me agrada, só consigo viver o livro sendo eu a ler, para não falar na concentração...

Sabina disse...

Codex 632...muito, muito bom.

Nunca mais me esqueci daquela parte que a sueca sonhava em fazer um prato qualquer com o leite que queria tirar das próprias mamas....

Bom, isso não interessa. Eu acho que nunca, nunca iria gostar dos audiolivros porque para mim o acto de ler é quase sexual.

Gosto de procurar um livro numa boa livraria ( nunca compro em hipermercados), senti-lo nas minhas mãos, cheirá-lo, estudar-lhe a capa.

E depois de comprado anda sempre comigo para onde quer que eu vá, até acabar de o ler. Normalmente, tal como no sexo, sou bastante compulsiva na leitura ( perco muitas noites nestas 2 actividades) e tal como no sexo, quando prevejo que está a chegar ao final, abrando o ritmo ( da leitura) para poder durar mais.

Portanto os audiolivros, soa-me a sexo virtual...prefiro à antiga ;-)

Beijos