sábado, 9 de fevereiro de 2008

O Planeta Swing

Friends_and_Lovers

A propósito da reportagem que passou na RTP1 há uns dias atrás sobre swing, em 30 janeiro passado, a Sutra colocou, no seu blog, algumas questões e dúvidas que mereceram vários comentários, um deles (melhor dizendo, dois) meu. Tem sido, o swing, um assunto que, ocasionalmente, vem a tema de conversa por diversas vias, televisão incluindo, pela polémica de que se reveste: o mistério, o desconhecido, o pecado - apetecível ou não - a sede de muitos sonhos, a incógnita, o condenável, o desprezo, o desejo, o segredo, a vida dupla...

Por todos estes tantos sentimentos envolvidos, há tempos, e depois de ter lido um post da Luna  que divagava sobre este mundo, resolvi dar também o meu pequeno contributo e de uma forma bastante genérica.
Desta vez, e depois da reportagem que referi acima e das questões levantadas pela  Sutra e consequentes comentários, resolvi agora alongar-me um pouco mais, particularizando pontos e dúvidas que foram então levantados. Principalmente, questionava-se como seriam as reacções aos "nãos" com que, supostamente, alguns casais são confrontados perante convites por eles feitos,  como seria aquele mundo em que se movem, quais os pontos de encontro, como se conhecem, como se sentiriam perante os mortais ditos normais...consideram-se superiores e daí o seu círculo tão fechado ou será que se consideram iguais às pessoas com que se cruzam no dia-a-dia ?

Em jeito de opinião,

eu diria que...
este nosso planeta terra onde vivemos é composto por muitos planetazinhos, cada um deles habitado por pessoas com as mesmas afinidades e interesses: temos o planeta do desporto, o planeta político, o planeta das artes, o planeta dos blogs, o planeta dos homos e, entre muitos outros, o planeta swing.
Porque todos estes planetas são constituídos por pessoas e, consequentemente, com a mesma hierarquia de necessidades tipo
pirâmide de maslow, os sentimentos, os sentires, as reacções que neles são experimentados e vividos são igualmente idênticos; claro que falamos em contextos diferentes - de acordo com o planeta - mas, basicamente, são idênticos.
No planeta swing, um "não" é aceite diplomaticamente como mandam as regras, com um sorriso nos lábios mas com um sofrimento idêntico perante qualquer outro diferente "não"; no planeta swing, existem momentos de alegria e tristeza, verdade e mentira, querer e não querer, transparência e traição, partilha e ciúme; no planeta swing, os casamentos/relacionamentos sólidos tornam-se mais sólidos assim como os mais frágeis se tornam mais frágeis; no planeta swing, as pessoas seguras de si, que conhecem e convivem em paz com o seu "eu", deixam que os sonhos e fantasias lhe comandem a vida; no planeta swing, as pessoas não seguras de si próprias e que procuram uma saída, um remédio, uma solução para um mau relacionamente, são pura e simplesmente destruídas; no planeta swing, honesto e verdadeiro, o homem é igual à mulher; no planeta swing, não honesto e não verdadeiro, o homem não é igual à mulher.

eu diria que...
a segurança, perante as doenças transmissíveis, é vista de forma idêntica como em qualquer outro planeta: todas as precauções são tomadas de acordo com a maior ou menor consciência das pessoas envolvidas.

eu diria que...
os casais procuram-se basicamente na net - sites diversos, promovidos, na maior parte dos casos, por clubes fisicamente existentes ou não - onde se encontram anúncios de outros casais, ao contrário do passado em que predominavam os anúncios em jornais. O by word of mouth funciona igualmente embora a um nível bastante restrito. Os locais de encontro são diversos: inicialmente, podem ser em cafés para depois passarem a um jantar, a clubes, a casas particulares, se o encontro inicial tiver sido do agrado de todos; sim, de todos, porque das quatro pessoas envolvidas - assumindo que estamos a falar de dois casais - basta uma não se sentir confortável, e tudo acaba ali, no início. Quando do sexo em si,  pode ser praticado em conjunto ou em separado, à vista ou não uns dos outros, no mesmo ou em diferente local.

eu diria que...
o planeta swing não se julga superior a todos os outros, a julgar pela sua conduta discreta e isolacionista; apenas sentem a necessidade de preservar a sua intimidade e a sua vida dupla, em face do julgamento fácil e arbitrário que a sociedade faz a tudo aquilo que não é considerado socialmente correcto  (um pouco como "faz aquilo que eu digo e não aquilo que eu faço" - o planeta swing sabe o que vale o segredo, algo que se diz ao mundo inteiro mas em voz baixa);  uma sociedade que condena o adultério mas que o pratica sistematica e naturalmente; uma sociedade que promove e alimenta revistas, publicidade, em que o sexo é nota dominante, seja a propósito de pasta de dentes ou esparguete; uma sociedade que dá conselhos sobre a melhor forma de um casal manter a chama acesa através de um sexo aliciante que passa, entre outras coisas,  por fantasiar com terceiras pessoas, quando no acto. Mas, no real, já está errado, não é permitido.

eu diria que...
no planeta swing, encontram-se todos os tipos de classes sociais, todos os tipos de pessoas, sejam elas gordas ou magras, feias ou bonitas, educadas ou não, sensíveis ou insensíveis, verdadeiras ou falsas. Como em todo o lado, agrupam-se segundo estas características, preferências e afinidades. Quando  esta análise é mal feita - por esta ou aquela razão -  o resultado torna-se devastador.

eu diria que...
no planeta swing, também se fazem verdadeiras amizades.

eu diria que...
no planeta swing, ama-se o momento, ama-se o dia-a-dia, ama-se a vida; no planeta swing, enquanto se lá habita, vive-se, assim como se vive - é verdade - em tantos outros...

 

PS: Nota a alguns comentários sobre o Machismo  do Homem Swinger e Bisexualidade

eu diria que...
no planeta swing, o homem - e porque estamos a falar do homem agora e apenas - vive uma procura por uma forma de estar e relacionamento que tenta romper - em termos sexuais -com regras mentirosas da sociedade e, também e principalmente, com uma cultura,  gravada a fogo, que lhe vem desde o berço; uma procura que apenas é parcialmente conseguida em que, de fora, e não são poucas as vezes, permanece não só o sentimento de posse, leia-se machismo,  sobre a mulher - estranho que pode parecer, não é? - mas também a possibilidade de uma bisexualidade masculina que apenas é excitantemente  por ele (homem) bem vista quando se trata entre mulheres.

eu diria que...
o homem que vive em paz, tranquilo e seguro, que pratica a sua sexualidade seja ela qual for e cujos limites se confinam apenas ao seu puro prazer, que vê a sua parceira como um ser igual a si próprio e sem qualquer sentimento de posse, que tem prazer em dar prazer à mulher sem esperar nada em troca, a esse homem, eu chamaria o homem universal...

 

47 comentários:

Anónimo disse...

Eu diria que...
O verdadeiro planeta swing é muito pequeno na realidade... e que não é aceite, embora fantasiado por todos ou quase todos...
Diria que...
Só é possível com pessoas muito especiais e essas são poucas...
De resto os siwngs em geral dão problemas à maioria das pessoas pois não estão preparadas para tal.
Como muitos outros planetas não aceites, são planetas que existem mas escondidos pela hipocrisia da sociedade.
E por isso diria que o verdadeiro swing para quem sabe e gosta, pode resultar mas apenas para uma percentagem muito pequena daqueles que sabem usufruir e esses devem ser muitos poucos.
A razão é simples a nossa sociedade não está preparada para tal mas que sonha sonha com essas fantasias.
MeforeverMe

Maria José disse...

Um planeta, como tantos outros, que não se mostra nem se abre a qualquer um que um dia acorde com uma curiosidade de momento. Um planeta que vive de quem o aprecia e para quem o aprecia, sendo apontado a dedo pelos demais. É pena. É pena que os humanoa ainda não tenham percebido, que na diversidade está a sabedoria, a possibilidade de enriquecimento, a incrível possibilidade de nos conhecermos enquanto seres pensantes. É pena. Mas eu prefiro continuar a não desdenhar nem a atirar a primeira pedra.

Emmanuelle disse...

diria que...
Grande serviço publico aqui prestaste, melhor que a reportagem rTP1, que no meu ver..fraquita.
Da minha parte obrigada pelo serviço, continua que a tua escrita prende.
beijo

* e não desapareci, viste?? Não tenho é escrito nada!

Mary disse...

Gostei mais de te ler, do que da reportagem sem duvida alguma. beijinho

Rafeiro Perfumado disse...

É um planeta desconhecido, para mim. Não o censuro, mas também não o compreendo. Ou talvez seja melhor ao contrário.

Sou apologista que cada um deve procurar a felicidade onde achar que ela se encontra. Se essa busca for feita de comum acordo com todos os envolvidos, ora aí está mais um planeta onde valerá a pena viver.

Adore disse...

Eu diria que...quem escreve assim não deve ficar calado :)

tens um desafio na tasca dos devaneios.

:)*

Bombocaa disse...

Shelyak,
coucou.eheheh
é a música do Silvio Rodriguez?

Kissinho

Anónimo disse...

questões e considerações pertinentes! Conhecedor?

Bombocaa disse...

Olha gostei da tua visão sobre o planeta swing...
"ama-se o momento..."
Gostei :)

Kissinho

ana disse...

Se em todas as nossas vivências tivessemos a liberdade de expressão que aqui temos enquanto bloggers concerteza tudo seria mais fácil...iremos ter sempre por trás a mediocridade da sociedade em que estamos inseridos,é uma questão de valores morais penso eu,como também penso que devemos ser nós próprios a impor os nossos valores e se assim fosse conseguiriamos viver mais desprendidos e teriamos a coragem de nos assumir fosse de que maneira fosse...também sei que pensar em fazer e em quebrar barreiras há tanto tempo existentes e que por sinal serão eternas é sempre mais fácil do que na realidade fazê-lo.É a tal questão do ter que fazer as opções que bem entendemos mas em silêncio,o que é lamentável numa sociedade que se diz tão aberta e globalizada...penso que só quando nos é concedida a liberdade que nos permite sermos nós próprios independentemente de cor da orientação sexual de cada um ou das escolhas que queremos fazer para as nossas vidas é que a vida tem razão de ser...Mas estamos a uma eternidade dessa aceitação por parte desta sociedade preconceituosa que na maioria das práticas que condena é participante activa.É a tal incoerência e os estereótipos permanecerão...infelizmente...
Os casais que procuram este tipo de experiência é porque têm a necessidade de se envolverem desta maneira..nada a condenar...a nossa procura começa quando queremos mas acaba quase sempre onde nunca esperamos...

Beijinho
Fica bem

Peach disse...

Não é um tema fácil... sobretudo numa reportagem, até porque há limitações, tal como em outros planetas ligados ao sexo. Não é de todo fácil entrar nesse planeta e fazer um reportagem, mostrando na realidade como é.

Obviamente que se aprende e se entende muito melhor, lendo artigos como o teu, por sinal muito bem escrito.

Pessoalmente tenho sentimentos contraditórios em relacção á pratica. Não sei como reagiria. calculo que para quem não esteja preparado psicologicamente, há elementos que podem vir a sofrer com a experiência... é de facto preciso ter uma mente sã e aberta, para sair ileso, e de bem com consigo desse planeta :)

beijos e parabens

Gi disse...

Um planeta que conheço como a muitos outros... de ouvir falar! Como terráquea que sou e sem qualquer propensão para astronauta, vou-me ficar pela leitura das revistas "científicas" para ir acompanhando a evolução. Os meus hábitos estão a anos-luz se há outros que já o habitam só desejo que sejam felizes . Liberdade é isso mesmo.

O teu artigo é interessante e ilucidativo. Um beijinho

Red Light Special disse...

Um aplauso a ti Shelyak!
Muitissimo bem escrito, explanado e explicado.
É sem dúvida um tema delicado, pleno de nuances e variáveis... eu pessoalmente acho que teria dificuldade em me adaptar a essa situação. Já falei sobre isso com o meu marido, já ponderamos essa hipotese, mas fica só pela teoria... o receio desse novo mundo sobrepõe-se.
Respondendo à sugestão que me fizeste há uns dias (e desculpa a demora na resposta, mas ando sem tempo para visitar blogs e comentar...) eu já pensei realmente em fazer uma playlist como tu fazes, inclusivé já me inscrevi nesse site.... mas com os anos q tenho de blogosfera (apesar do RedLightSpecial ser recente) ganhei "vícios" blogosféricos, custa-me desabituar a um registo que mantenho há bastante tempo. Peço desculpa se de algum modo te incomodo, ao teres que sair da página para ver e ouvir a música no YouTube.
Beijinho grande para ti Shelyak!!
Tem uma excelente semana!

Anónimo disse...

Alguém que conheci e que conheceu um swinger, me disse que este último lhe tinha dito que se trata de um grupo de risco em termos de HIV. Estranhei, porque sempre considerei que teriam muito cuidado. Acontece que, penso que por se tratarem de casais, que presumem que se as outras pessoas estão juntas e não se protegem, também ocorre não o fazerem. Asneira!

Queria só deixar este apartezito e, já agora, chamar a atenção para o facto de que fazer testes de HIV actualmente é a coisa mais fácil que existe, pois podem fazer-se de forma rápida, anónima e gratuita em centros de saúde distribuídos pelo país, nomeadamente na Lapa e Restelo em Lisboa (Centros de detecção de VIH/Sida, ou CAD's).

Margarida

camas e algemas disse...

Já estou como o Noivo. Conhecedor?
Interessante o texto e muito bem visto
Beijinhos

Francisco del Mundo disse...

Quanto ao swing, concordo...:D Mas vim aqui para deixar um presentinho...
http://www.youtube.com/watch?v=vw-3ccM2f6g

Abraço

Ps- Passa pelo Diário que há la recado...;)

O Profeta disse...

Explendido post, assim se dizem de forma brilhante humanidades...


Abraço

Amelie e Beto disse...

Muito bom, parabéns!

Preciso aprender a escrever assim!

Beto

Anónimo disse...

Grande(s) vivência(s) ;)

Beijinhoooo*

Cristina Paulo disse...

Diria que no Planeta Swing há de tudo como nos restantes planetas...diria que nenhum planeta é melhor ou pior que o outro...diria que enquanto estes planetas não gritarem bem alto o seu direito a uma diferença que na realidade é apenas imposta pelo sociedade...continuaremos a ter a sociedade hipocrita e agonizante que temos. É aquela que merecemos, não é? Se somos comandados pelo medo e nos escondemos...se não temos a coragem, a força, de nos declararmos diferentes, se não queremos o papel de pioneiros pelo medo dos dedos apontados...
Esses mesmos dedos continuarão a apontar, a arranhar a nossa liberdade.
Não será também hipócrita este medo da luz do dia?
...
Reclamamos uma sociedade diferente, mas recusamos as lutas que levam á sua construção e aceitamos que a sociedade em que vivemos seja construida por aqueles a que chamamos hipocritas...
Bjos meus

Helena disse...

Palmas para a Siala ap Maeve!!!
"Se somos comandados pelo medo e nos escondemos...se não temos a coragem, a força, de nos declararmos diferentes, se não queremos o papel de pioneiros pelo medo dos dedos apontados...
Esses mesmos dedos continuarão a apontar, a arranhar a nossa liberdade.
Não será também hipócrita este medo da luz do dia?"
Bravo! Tudo se resume a isto, o medo e o constante disfarçar, esconder!
Nada mais tenho a dizer.
O Louis, o Allen, o Eça...tuas mui recentes descobertas. Lindo!

... disse...

Considero muito interessante este tema, e particularmente a maneira como o abordaste, expondo considerações bastante oportunas.
Gostei realmente!
Parabéns ;)

Beijos!!

Anónimo disse...

Eu conheço bastante o mundo swiung e concordo contigo: pode-se realmente fazer amigos e até é uma coisa gira quando ambos concordam e existe muita cumplicidade.

Mas depois há o reverso da medalha e os swingers acabam por ter preconceitos...não aceitam a bissexualidade masculina (isto nos clubes)...e há mais, mas pronto...

Acho que o swing pode ser salutar mas sempre com o consentimento e a abertura de ambos. Eu sou a favor do swing em casa em não em clubes.

Boa frase para uma T-Shirt! :-)

Anónimo disse...

E mais logo leio o teu post todo e comento :-)
Agora foi só para dar um beijinho e a minha opinião sobre este assunto.

Anónimo disse...

A bissexualidade masculina não é bem aceite porque os swingers homens na realidade têmm medo que lhes seja roubada a mulher... Será? O planeta swing não é também machista, Shelyak? Não é uma crítica, é apenas uma pergunta que a lovely miss d me fez colocar...
Margarida

Anónimo disse...

Claro que se fizeres as tuas coisas em casa, longe dos clubes, fazes o que quiseres, o entendimentos é entre os 4. Mas num clube, a bissexualidade masculina é (posso até arriscar-me a dizer esta palavra), proibida.
E se querem(os) sexo sem tabús, não deveria de ser para todos?

Isto é como discutir o sexo dos anjos, nunca mais saímos daqui...

Beijos Shelyak :-)

pecado original disse...

Uma salva de palmas para a tua opinião, que de resto não contesto.
Fomento a tua opinião que mesmo retratanto a piramide de Maslow, actualmente encontra-se invertida, ou seja, actualmente vive-se a necessidade de se conseguir uma boa realização pessoal e de estima para que te sintas seguro e com bases solidas para o amor/relacionamento. Considero que os casais de swing têm aquilo que os casais "normais" não têm que é a sua realização pessoal. Já reparaste como as pessoas não são felizes pelo simples facto de não se amarem?
Diria que as pessoas que praticam swing são pessoas com elevada auto-estima e com grande capacidade de gestão de conflitos indo ao encontro do teu ultimo paragrafo.

E não é por isto, que se ama menos ou mais;)
Um beijo

Shelyak disse...

Sobre machismo e bisexualidade, tendo em conta alguns comentários, acabei por juntar às minhas divagações "malucas" mais umas considerações...

Anónimo disse...

Linkei-te, gajo :-)

carpe vitam! disse...

Quero agradecer a todas as pessoas que contribuiram com a sua opinião, é interessante ler-vos.
Agradecimento especial para o Shelyak pelo post brilhante. Este tema que retrata claramente a nossa sociedade, pondo a nu as suas fragilidades no que diz respeito à vivência do sexo.
O sentimento de posse é tão enraizado nas relações humanas ("meu" namorado", "minha" mulher) que muitas vezes as pessoas esquecem-se que amar é sobretudo saber partilhar. A auto-preservação e o egoísmo prevalecem.

Longe de ser novidade, o swing cada vez atrai mais curiosidade. Estaremos perante uma mudança de mentalidades?

Anónimo disse...

Não percebi, Shelyak, se concordas que existe machismo no planeta swing...
Margarida

Anónimo disse...

Boa pergunta, Margarida...ele esquiva-se! :-)

Shelyak disse...

Para a Margarida/Anónima e Lovely Miss D:
As minhas desculpas por não sido capaz de passar a palavras o meu sentir e opinião sobre o tema Machismo no swing, de uma forma mais clara :)
Para mim, existe sim, machismo no swing assim como existe em tantos outros planetas... Era essa a ideia que pretendi passar (repito, minha simples opinião falível, numa perspectiva "eu diria") quando, no meu PS, dizia "uma procura que apenas é parcialmente conseguida em que, de fora, e não são poucas as vezes, permanece não só o sentimento de posse, leia-se machismo, sobre a mulher - estranho que pode parecer, não é? -mas também a possibilidade de uma bisexualidade masculina que apenas é excitante por ele (homem) bem vista quando se trata entre mulheres".

Anónimo disse...

E o problema, porque o é (tudo o que se aproxima de uma mentira para auto-convencimento), é depois esses mesmos homens virem dizer que fazem swing essencialmente para darem prazer às mulheres... Bah!
Se assim é, terão de permitir TODAS as situações, como tu dizes, "em igualdade de circunstâncias". Porque me apraz tanto imaginar-me com uma mulher, como imaginar o meu homem com outro homem.
Obrigada, Shelyak. Não tinhas sido claro, mas agora foste. Talvez tenhas que tirar "masculina" na última frase sobre a bissexualidade (que só é bem vista quando se trata entre mulheres).

carpe vitam! disse...

"Porque me apraz tanto imaginar-me com uma mulher, como imaginar o meu homem com outro homem." - Margarida, partilhamos a mesma opinião. Agora também me parece importante perceber quais os limites em que as pessoas se sentem bem. Fazê-lo para agradar o/a parceiro/a sem daí retirar prazer, não me parece muito inteligente. Mas é como tudo, nada como discutir o assunto para chegar a algumas conclusões. Nada como passar pela experiência para o saber.

Mafarrica disse...

Muito bem!
Gostei.

Anónimo disse...

Margarida, assino por baixo tudo o que dizes :-)

Anónimo disse...

Ora viva!

Swing não é para mim pois não sou de se fiar: nunca cumpro a minha parte e sou demasiado egoísta para partilhar.
A propósito, foi uma óptima explanação sobre a questão.

Um abraço...
shakermaker

GataHari disse...

E eu diria que, muito sabes sobre o swing!
Interessante post!!!

GataHari disse...

PS- Amei a imagem!!!! Muito ao jeito das minhas pinturas!!!!

Viajante pelos Sentidos disse...

O que eu aprendi hoje aqui. Esse planeta é-me desconhecido e foi bom ler estas linhas sobre ele, até porque acabam por desvanecer algumas dúvidas aos mais ignorantes na matéria (como eu!)

Considero-me uma pessoa de mente aberta mas essa situação não me é confortável, pelo menos pensando nela assim, friamente, até porque o meu companheiro não é adepto deste tipo de "novidades"... No entanto dou muito valor aos que procuram ser felizes e se o planeta swing é fonte de felicidade, LONG LIVE planeta swing! ;)

Um beijo viajante!

Peach disse...

eu bem disse, que devias escrever sobre estes temas... e não só.

ah, nem imaginas o que ri com o teu aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii no meu blog lollll
beijo migo

Peach disse...

Palmas para a Siala ap Maeve!!!
laura LOLLLLLLLLLLLLLLLL

Anónimo disse...

Deviam abrir uma pagina na Wikipedia com o teu post, para quem procurasse a definição de Swinger...

Bj duma Fã,sempre atenta

*Um Momento* disse...

Sou eu apologista de que a sexualidade deve viver-se conforme a vontade de cada um... em conjunto ( neste caso casais não importa o sexo) deve haver a vontade propria de acompanhar o outro ou nao em toda a sua relação sexual e mental...
Logo aceito de bom grado todas as ideias que cada um possam ter acerca desta "matéria"
Sexo livre mas com prevenção ao gosto de cada um é o que eu penso, e não me venham com histórias de lesbianismo ou coisa que o valha.
Por acaso nunca pratiquei swing( nem me parece que algum dia o faça) mas lá está , já vai da minha vontade... quanto a estar com uma mulher por ex... da forma que sou assediada... quem sabe um dia não caia na tentação(dando uma valente gargalhada:D)

Muito bom post!

Parabéns!

Beijo... em ti:)

(*)

Lucia disse...

Bom, acabei de deixar um verdadeiro post na caixa de comentários do Noivo, por isso aqui vou-me conter, mas acho que a parte mais importante de tudo o que disseste é sem dúvida que 'no planeta swing, os casamentos/relacionamentos sólidos tornam-se mais sólidos assim como os mais frágeis se tornam mais frágeis; no planeta swing, as pessoas seguras de si, que conhecem e convivem em paz com o seu "eu", deixam que os sonhos e fantasias lhe comandem a vida; no planeta swing, as pessoas não seguras de si próprias e que procuram uma saída, um remédio, uma solução para um mau relacionamente, são pura e simplesmente destruídas; no planeta swing, honesto e verdadeiro, o homem é igual à mulher; no planeta swing, não honesto e não verdadeiro, o homem não é igual à mulher.' (cito porque não o diria melhor).
E deixa-me acrescentar mais uma coisa: quando no planeta swing há ciúme e machismo, então não são swingers, são meros intruders, manipuladores de mentes, que convencem os parceiros que 'também podes vir, querida, não te quero enganar' e depois... Isso não é swing, é só falta de carácter, que lamentavelmente existe em qualquer planeta...

Belo, belíssimo post, shelyak!...

Anónimo disse...

Amigo Shelyak ;-)
Excelente continuidade do tema. Ninguém o poderia fazer melhor que tu :-)

Beijo doce